Franklin de Freitas/Arquivo Bem Paraná

Tendo em vista não haver acordo entre os Correios e o sindicato que representa a categoria que decretou paralisação nacional na semana passada, a empresa ajuizou, nesta terça-feira (25), o Dissídio Coletivo de Greve no Tribunal Superior do Trabalho.

Desde o início de julho, os Correios argumenta que tenta negociar com as entidades representativas dos empregados os termos do ACT. Dando continuidade às ações de fortalecimento de suas finanças e consequente preservação de sua sustentabilidade, a empresa apresentou uma proposta que visa a adequar os benefícios dos empregados à realidade do país e da estatal.

Os Correios ressaltam que os vencimentos de todos os empregados seguem resguardados e os trabalhadores continuam tendo acesso, por exemplo, ao benefício Auxílio-creche e aos tíquetes refeição e alimentação, em quantidades adequadas aos dias úteis no mês, de acordo com a jornada de cada trabalhador.

Estão mantidos ainda – aos empregados das áreas de Distribuição/Coleta, Tratamento e Atendimento -, os respectivos adicionais.

A paralisação parcial da maior companhia de logística do Brasil, em meio à pandemia da Covid-19, traz prejuízos financeiros não só aos Correios, mas a inúmeros empreendedores brasileiros, além de afetar a imagem da instituição e de seus empregados perante a sociedade.

Já os sindicatos que representam os trabalhadores alegam que a empresa descumpriu o dissídio julgado pelo TST no ano passado e “tenta passar a rasteira nos trabalhadores via STF. Com isso, cerca de 70 cláusulas do Acordo Coletivo foram extintas ou reduzidas à CLT. Os cortes já foram anunciados oficialmente pela Empresa nos comunicados internos”, diz um comunicado do Sindicato dos Trabalhadores nos Correios do Paraná (Sintcom-PR).