SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) – Marquinhos era titular da zaga da seleção brasileira até os amistosos preparatórios para a Copa do Mundo. Nos últimos dias, com a lesão de Danilo e a situação física delicada de Fagner, ouviu de Tite a possibilidade de ter de entrar na lateral-direita no decorrer das partidas. Hoje polivalente por característica, o jogador do PSG queria mesmo era ser goleiro.

A vontade de se arriscar no gol é uma das histórias da formação de Marquinhos. Quando Marquinhos estudava no Colégio Salesiano Santa Teresinha, na zona norte de São Paulo, o menino de 7 anos se destacava em relação aos demais colegas e se alternava entre boas atuações na linha e tentativas de calçar as luvas.

“Ele gostava muito de brincar no gol. Ele até jogava na linha, mas quando decidia ir para o gol era sempre o primeiro a ser escolhido”, relembra Adalberto de Oliveira Barbosa, coordenador da Escola de Esportes e Dança do colégio.

A facilidade com a bola no pé (e na mão) rendeu a Marquinhos a “primeira Copa do Mundo” da carreira. No embalo do torneio de 2002 na Coreia do Sul e no Japão, o colégio resolveu montar seu próprio Mundial. E adivinha quem foi o destaque…

“Ele jogava pela segunda série no torneio que tinha os meninos da quinta. O time dele era Portugal e foram campeões com o Marquinhos sendo o destaque”, relembra o professor.

Passados 16 anos, Marquinhos segue em busca de sua “segunda Copa do Mundo” -a primeira de verdade. O próximo desafio da seleção brasileira será contra a Sérvia na quarta-feira (23). O zagueiro começará no banco de reservas, mas Tite sabe que tem uma opção para a lateral-direita e, por que não, no gol.