Nesta sexta-feira (20), às 9 horas, a CPI do Transporte Coletivo da Câmara Municipal vai ouvir o ex-diretor de Transporte da Urbanização de Curitiba (Urbs), Fernando Ghignone.

O convocado deverá prestar esclarecimentos sobre os indícios de fraude no edital da licitação do transporte coletivo, levantados pela CPI desde o início das investigações. Segundo o presidente da CPI, vereador Jorge Bernardi (PDT), após dois meses de investigações a CPI do Transporte já conseguiu esclarecer pontos importantes relacionados ao lucro das empresas do transporte coletivo e ao recolhimento do Imposto sobre Serviços (ISS).

Linhas de investigação

Com o objetivo de tentar baixar a tarifa, a CPI do Transporte Coletivo está focada em quatro pilares de investigação. Um deles é o suposto lucro excessivo das empresas, que, segundo Bernardi, deve passar de R$ 100 milhões. O segundo é o processo licitatório, com indícios de irregularidades. Há a desconfiança, entre os integrantes do colegiado, de que foram concedidos benefícios para empresas que já estavam no sistema.
    
Investiga-se também a composição tarifária. Há suspeita de superfaturamento no processo de manutenção das catracas, conforme admitiu a Dataprom, complementou o presidente da CPI. A quarta linha de investigação é sobre a suspeita de falta de recolhimento do Imposto Sobre Serviços (ISS) das empresas do sistema.
    
O colegiado tem Serginho do Posto (PSDB) na vice-presidência e Valdemir Soares (PRB) como vice-relator. A CPI também reúne os vereadores Chicarelli (PSDC), Chico do Uberaba (PMN), Cristiano Santos (PV), Geovane Fernandes (PTB), Mauro Ignacio (PSB), Noemia Rocha (PMDB), Paulo Rink (PPS) e Tiago Gevert (PSC).