Henri Milleo/Arquivo Bem Paraná

Ontem foi dia da 3ª Marcha Pela Diversidade de Curitiba, evento promovido pelos movimentos LGBTI (lésbicas, gays, bissexuais, transgêneros, travestis e intersexuais) da Capital. Milhares de pessoas participaram da marcha, desde a Praça Santos Andrade até a Boca Maldita, percorrendos ruas da região Central da Capital. A marcha é uma forma dos movimetnos alertarem a população sobre a violência contra estes grupos, além de pedir tolerância de gênero.
Só no ano passado, 445 pessoas LGBTI foram assassinadas no Brasil, segundo números do Grupo Gay da Bahia. O número é 29% maior que o de 2016, quando 343 pessoas LGBTI foram mortas violentamente no Brasil. Além disso, o número que recebe denúncias sobre violência, o Disque 100, registrou 1.720 casos de ataques a homossexuais, bissexuais, trangêneros e outros.
Mas, segundo o promotor de Justiça André Luiz de Araújo, que é responsável pelo Núcleo de Promoção dos Direitos de Lésbicas, Bissexuais, Travestis e Transexuais do Centro de Apoio Operacional das Promotorias de Proteção dos Direitos Humanos do Ministério Público do Paraná, os números podem ser maiores, já que há a subnotificação.
Marcha
A Marcha da Diversidade foi organizado pela Aliança Nacional LGBTI, Grupo Dignidade, Coletivo Cássia e TransGrupo Marcela Prado e geralmente acontece no final de junho, mas devido ao mau tempo foi transferido para esse fim de semana. A marcha foi criada em 2016 com o intuito de conscientizar a população sobre a necessidade de combate à LGBTIfobia. Além dos shows ao longo da marcha, houve apresentações performáticas, DJs e atos de conscientização na Boca Maldita.