Franklin de Freitas/Arquivo Bem Paraná

A Secretaria Municipal da Saúde de Curitiba confirmou, nesta quinta-feira (27/8), mais dois casos importados de sarampo no município, totalizando seis registros na capital até o momento neste ano. No Estado são nove casos confirmados (contando com os dois novos casos de Curitiba).

Uma das confirmações é de um homem, de 33 anos, que viajou para Alagoas e Sergipe, no início de agosto. A outra é referente a uma mulher, de 19 anos, que viajou a São Paulo, também no início de agosto.

Nos dois casos, os exames iniciais para a doença foram negativos, mas os resultados seguintes confirmaram o sarampo. Nenhum deles tem relação entre si – a doença foi adquirida em localidades e ocasiões distintas.

Os pacientes estão recuperados e já retornaram às atividades normais, sem risco de transmissão da doença.

Medidas de bloqueio
De acordo com o diretor do Centro de Epidemiologia da Secretaria Municipal da Saúde de Curitiba, Alcides Oliveira, assim que os casos suspeitos são comunicados ao órgão, medidas de bloqueio são realizadas, com a vacinação preventiva de centenas de pessoas que tiveram contato com os pacientes (em ambiente de trabalho, estudo, lazer, família e serviços de saúde).

“Os pacientes com suspeita da doença devem fornecer aos serviços de saúde em que são atendidos todas as informações possíveis sobre os contatos que tiveram, porque nós trabalhamos em cima desses dados disponibilizados por eles”, explica Oliveira. “Os serviços de saúde realizam a notificação obrigatória à secretaria”, complementa.

Os canais de contato com a Secretaria Municipal da Saúde para notificação de casos suspeitos, assim como o fluxograma de atendimento do sarampo, tanto para os serviços públicos quanto para os particulares, estão neste link.

Esquema vacinal
Crianças, adolescente e adultos de até 29 anos devem ter duas doses da vacina contra o sarampo, feitas após um ano de idade. Adultos de 30 a 49 anos devem ter pelo menos uma dose feita após 1 ano de idade.

Desde o dia 28 de agosto, o Ministério da Saúde também autorizou uma dose extra para bebês de 6 a 11 meses. Essa dose promove imunidade temporária, sendo necessário, após um ano, realizar as vacinas previstas no calendário de rotina da criança.

Viajantes também são orientados, independentemente da idade, a procurar uma unidade de saúde antes de se deslocar para área de surto, para avaliar a necessidade de se vacinar ou não.

A vacina é contraindicada para menores de 6 meses, gestantes, pacientes imunodepremidos ou com histórico de reação alérgica grave após dose prévia ou após contato com as substâncias que compõem a vacina. Recomenda-se também um intervalo de 30 dias após a vacina para as mulheres que desejam engravidar.

Mais informações sobre o esquema vacinal e sobre a doença podem ser obtidas pelo whatsapp da Prefeitura, pelo telefone (41) 9 9876 2903.

Notificações

O Paraná soma 125 notificações da doença. Destas, 18 casos já foram descartados e 98 estão em investigação, além dos nove confirmados. O levantamento inclui todas as ocorrências notificadas ao Estado até terça-feira (10/09). Dos casos confirmados, oito têm como fonte provável de contaminação o estado de São Paulo e um o estado de Santa Catarina.