A médica Sabrina Piccolo, de 34 anos, a enfermeira Evanir Minosso, de 53 anos, e a técnica de enfermagem Cirlene Kraukzuk, de 33, embarcaram nesta sexta-feira (27) para o Espírito Santo, juntando-se à primeira equipe da Secretaria Municipal da Saúde de Curitiba que seguiu para lá para integrar a Força Nacional do SUS e ajudar no atendimento às vítimas das chuvas no estado capixaba. Elas embarcaram na tarde desta sexta-feira (27), no Aeroporto Afonso Pena, em São José dos Pinhais, e devem ficar no Espírito Santo pelo menos até o dia 5 de janeiro.

Segundo Maria da Conceição Mendonça da Costa, integrante da coordenação da Força Nacional do SUS, Curitiba foi a primeira cidade a enviar profissionais para reforçar o trabalho de socorro aos desabrigados, no dia 25 de dezembro. A equipe de Curitiba que está no Espírito Santo se integrou rapidamente ao trabalho. São profissionais muito dinâmicos e que atuam em diversas frentes, seja na remoção dos desabrigados, na assistência à saúde, na gestão e na articulação, destacou Maria Conceição. A primeira equipe é composta pela médica Bárbara Radunz, pela enfermeira Melissa Pereira e pela técnica de enfermagem Aparecida de Fátima Bressani.

Maria da Conceição disse que existe a possibilidade de outros profissionais curitibanos serem acionados para auxiliar nos atendimentos às vítimas em Minas Gerais, outro estado que está sofrendo com as chuvas.

O médico Ilmar Carneiro Leão, coordenador municipal da Força Nacional do SUS e diretor do Sistema de Urgência e Emergência de Curitiba, relatou que os profissionais convocados para o trabalho exercem funções de socorro e atendimento a emergências em Curitiba e também passam por treinamentos constantes para atendimento a situações com múltiplas vítimas, calamidades, enchentes, ataques químicos, biológicos, entre outros.

Cirlene Kraukzuk, que estava de férias e planejava passar o fim de ano em família, aceitou o desafio. Esse tipo de situação ninguém escolhe. Independentemente do Natal e do Ano Novo, temos que ajudá-los, afirmou.

Sabrina Piccolo diz que é uma situação de emergência e que exige muito mais do que o apoio técnico, mas também psicológico das vítimas. Para quem é médico, é uma obrigação ajudar as pessoas, salientou.

Mesmo sabendo um pouco do que vai encontrar no Espírito Santo, Evanir Minosso sabe que a realidade pode surpreender. Sabemos que não vai ser fácil, mas vai ser um aprendizado diferente, afirmou.

A médica Bárbara Radunz, que está lá há dois dias, falou das dificuldades no resgate às pessoas, muitas inclusive resistindo em deixar suas casas. O mais chocante é a visão da situação. É muita água, o Rio Doce é muito largo e alagou áreas enormes, as encostas desabaram. Mas é muito gratificante poder ajudar, fazer alguma coisa por estas pessoas, relatou.