Curitiba poderá ter uma tarifa de ônibus mais barata fora dos horários de pico. Nesta terça-feira (6) foi aprovado o envio de sugestão à prefeitura para a realização de estudos sobre a implantação de tarifas econômicas em horários alternativos.

Autor do requerimento, o vice-relator da CPI do Transporte Coletivo, Valdemir Soares, destacou que o tema já foi mote de debates nas reuniões da comissão especial. A tarifa mais barata fora dos horários de pico pode ser uma alternativa para o sistema de Curitiba, disse.

A Câmara Municipal também promoveu outros debates sobre o transporte coletivo, entre eles o projeto de lei enviado por diversos vereadores que modifica a Lei Municipal 14.150/2012, que veda às empresas de transporte coletivo a possibilidade de exigir que seus motoristas exerçam de forma concomitante as funções de conduzir os ônibus e cobrar passagens.

A proposta, apresentada na última segunda-feira (5), voltou ao centro dos debates na Câmara Municipal nesta terça (6), com Rogério Campos (PSC) e Valdemir Soares (PRB) destacando a iniciativa.

A Urbs afirma que cumpre com a lei, embora as concessionárias do sistema sejam proibidas de incumbir ao motorista a cobrança da passagem. Segundo Rogério e Valdemir, a interpretação da Urbs de que a lei está sendo cumprida porque o motorista não está dirigindo durante a cobrança da passagem é uma pegadinha jurídica.

Na quinta-feira (1º), o diretor de Transporte da Urbs, Rodrigo Binotto Grevetti, disse que não há espaço nos microônibus para que os cobradores trabalhem. Ele ainda afirmou que a medida traria gastos de aproximadamente R$ 1,4 milhão ao mês, resultando num impacto de cinco centavos a mais na tarifa.

Grevetti disse acreditar que a lei está sendo cumprida e informou que foi publicada uma instrução de que os motoristas não devem cobrar a passagem com o veículo em movimento.

Rogério Campos afirma que a Urbs está desrespeitando a Câmara de Curitiba e os parlamentares. Ele também defendeu a criação da Secretaria Municipal do Transporte Coletivo. Valdemir, por sua vez, sugeriu que a matéria da dupla função dos motoristas tramite em regime de urgência.