Curitiba registrou no ano passado um total de 307 casos de violência sexual contra crianças e adolescentes. Esse número se refere aos casos que chegaram até a rede hospitalar da Capital. Em Curitiba, os serviços de referência para atendimento de violência sexual são Hospital Pequeno Príncipe (no caso de crianças até 11 anos), Hospital de Clínicas (vítimas homens e mulheres maiores de 12 anos) e Hospital Universitário Evangélico (vítimas mulheres maiores de 12 anos).
Desde 2002, Curitiba entrou para a vanguarda ao inverter o fluxo de atendimento à vítimas de violência sexual. Em vez de delegacia, o primeiro passo é procurar atendimento nos hospitais de referência. E isso tem feito toda a diferença para a vítima. Antes, as vítimas recorriam à delegacia para fazer um boletim de ocorrência. Em seguida, eram encaminhadas ao Instituto Médico Legal (IML) para a perícia e só depois disso recebiam atendimento em saúde.
“Por ter que enfrentar um ambiente de delegacia, logo após a violência, muitas vítimas acabavam nem procurando atendimento. Além disso, demorava-se muito para que se iniciassem várias condutas de saúde, que são essenciais nas primeiras horas”, lembra Simone Cortiano, da Rede de Proteção às Pessoas em Situação de Violência da Secretaria Municipal da Saúde (SMS).
Diagnóstico
A Prefeitura de Curitiba, o Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente de Curitiba (Comtiba) e a Fundação de Ação Social (FAS) lançam, amanhã, às 14 horas, o Diagnóstico da Realidade Social da Infância e Juventude de Curitiba, que traz realidade social de crianças, adolescentes e jovens de Curitiba.

Como agir em caso de violência sexual

Em Curitiba, os serviços de referência para atendimento de violência sexual são: Hospital Pequeno Príncipe (no caso de crianças até 11 anos), Hospital de Clínicas (vítimas homens e mulheres maiores de 12 anos) e Hospital Universitário Evangélico (vítimas mulheres maiores de 12 anos)
A recomendação é procurar o atendimento em saúde imediatamente após a violência, em até 72 horas no máximo (após este período a recomendação é procurar a unidade de saúde mais próxima da residência)
Ao se dirigir a um hospital de referência (e não a uma delegacia) a vítima recebe acolhimento humanizado, serviço social, atendimento prioritário de saúde, clínica médica, redução de danos quanto às infecções e gravidez indesejada, além de apoio psicológico
A vítima não precisa mais ir ao Instituto Médio Legal (IML). Peritos do IML passaram a ir até o hospital de referência para fazer a coleta de material para que seja possível buscar a responsabilização do autor da violência
Só depois disso, como último passo, é que se faz o boletim de ocorrência na delegacia. A delegacia para a qual vítima deve-se dirigir depende do caso