Reprodução/Youtube SMSC – A secretária Márcia Huçulak: risco de voltar para bandeira laranja

Curitiba chegou nesta terça-feira (1) a 1.010 mortes causadas pelo novo coronavírus desde o início da pandemia em março. A primeira morte pela doença foi confirmada no dia 6 de abril. Durante a live para apresentação dos dados, ontem, a secretária Márcia Huçulak se solidarizou com as vítimas e suas famílias. Ela lembrou que não faltou assistência — leitos, respiradores, medicamentos etc — nem cuidados com os pacientes.

As mil mortes até o momento mostram a gravidade da doença. Conforme o Ministério da Saúde, a cada ano Curitiba registra entre 9 e 11 mil mortes em geral (a média, de 1996 a 2018, foi de 9.822 mortes por ano na Capital paranaense). Ou seja, uma única doença, e em apenas cinco meses, atinge a marca de mil óbitos.

Os cartórios, por sua vez, já registram até aqui, em 2020, 8.523 atestados de óbitos em Curitiba, sendo 1.222 por Covid ou síndromes respiratórias. Isso significa que, neste ano, 14,19% das mortes no ano foram causadas por Covid-19 ou síndromes respiratórias.

Os casos e mortes pela Covid-19 tiveram um grande incremento a partir do fim de maio, consolidou-se em junho e chegou ao seu pico em julho. Em agosto os casos e mortes se estabilizaram.

Bronca

A secretária Márcia Huçulak também lamentou a intensa movimentação na cidade no último fim de semana, que teve temperaturas altas. Segundo ela, neste início de semana foi registrado um aumento de 40% de procura nas unidades básicas de saúde e nas unidades de pronto atendimento, em relação ao início da semana anterior.

Além disso, completou, a taxa de transmissão do novo coronavírus voltou a subir, chegando a 1,14. Isso quer dizer que cada 100 infectados transmitem para 114 pessoas.

Márcia reforçou a importância de a população manter as práticas que são fundamentais para evitar que a doença volte a crescer na cidade: usar máscara em todos os ambientes, manter o distanciamento social (de no mínimo 1,5 metro entre as pessoas), evitar aglomerações e fazer uso frequente de álcool em gel (ou lavar as mãos com água e sabonete).

A secretária alertou sobre os cuidados necessário com o feriadão que se aproxima e disse que há risco de Curitiba voltar para bandeira laranja. A cidade retomou a bandeira amarela no dia 18 de agosto depois de ficar mais de dois meses em bandeira laranja, de alerta médio. Quando a cidade adotou a bandeira laranja, no dia 13 de junho, Curitiba cotnava com 1.777 casos confirmados e 78 óbitos de moradores da Capital.

Boletim

Capital confirma mais 396 casos
A Secretaria Municipal da Saúde registrou ontem mais 396 casos de Covid-19 e 13 óbitos de moradores da cidade que foram infectados pelo novo coronavírus. Com os casos confirmados desta terça-feira, 33.368 moradores da cidade testaram positivo para a covid-19 desde o início da pandemia – 28.148 estão liberados do isolamento e sem sintomas da doença. O total de casos ativos na cidade é de 4.210. Esse é o número de pessoas com potencial de transmissão do vírus. Há ainda outros 638 casos em investigação, aguardando diagnóstico ou o resultado de exames laboratoriais. Ontem, a taxa de ocupação dos 355 leitos de UTI do SUS exclusivos para Covid-19 era de 80%.

Paraná confirma 1.647 casos e 55 óbitos pelo novo coronavírus em 24 horas
A Secretaria de Estado da Saúde divulgou ontem mais 1.647 infecções e 55 mortes causadas pela Covid-19. O Paraná acumula 132.145 diagnósticos positivos e 3.306 mortes em decorrência da doença. Os 55 pacientes que foram a óbito estavam internados. São 18 mulheres e 37 homens, com idades que variam de 32 a 94 anos. Os óbitos ocorreram entre os dias 02 de agosto e 01 de setembro.

O informe de ontem ainda relatava que haviam 1.030 pacientes com diagnóstico confirmado internados. Deste total, 852 estavam em leitos SUS (379 em UTI e 473 em leitos clínicos/enfermaria) e 178 em leitos da rede particular (59 em UTI e 119 em leitos clínicos/enfermaria).

Havia outros 1.182 pacientes internados, sendo 507 em leitos UTI e 675 em enfermaria, que aguardam resultados de exames. Eles estão em leitos das redes pública e particular e são considerados casos suspeitos de infecção pelo vírus Sars-CoV-2. O monitoramento da Secretaria da Saúde registra 1.429 casos de residentes de fora. 39 pessoas foram a óbito.

Brasil
O Brasil voltou a ter mais um dia com mais de mil confirmações de morte pela Covid-19. O boletim do Ministério da Saúde de ontem trouxe 1.215 novas mortes, totalizando agora 122.596 casos no País desde o início da pandemia.
Foram confirmados ainda 42.659 novos casos, que agora somam 3.950.9331. Nesta semana o País deve atingir a marca de 4 milhões de casos.
Ainda, o boletim traz que 3.159.096 de pessoas estgão recuperadas da doença. Ainda há 669.239 pacientes em acompanhamento.

Agosto termina com indicadores melhores no Estado, mas preocupação é mantida
O Paraná encerra cinco meses e meio de pandemia (173 dias desde os primeiros casos) com queda no número de óbitos pela terceira semana epidemiológica consecutiva, redução na média móvel de mortes, estabilidade de novas infecções, porém, com quadro ainda complexo nos internamentos e alerta sobre a necessidade de manter a higiene e o distanciamento social para que a curva comece a apontar para baixo mais consistentemente.

Segundo o boletim publicado no começo da semana pela Secretaria de Estado da Saúde, houve redução de 2,2% nas confirmações da doença e 11,7% nas mortes entre as semanas epidemiológicas 35 (23 a 29 de agosto) e 34 (16 a 22 de agosto). A semana passada registrou o acumulado mais baixo de casos desde o recorte de 02 a 08 de agosto (semana 32, com 12.959 casos). As mortes despencaram com mais intensidade e chegaram a 219 na semana encerrada no sábado (29), contra saldo de 355 na semana 32.

Os casos de Covid-19 cresceram no Paraná por 11 semanas consecutivas, de 10 a 16 de maio (semana 20) a 19 a 25 de julho (semana 30). Houve uma pequena queda na semana 31, evolução de casos na semana 32 e novas reduções nas semanas 33, 34 e 35.

O mês de agosto ainda aponta grandes dificuldades relacionadas com a doença e chegou a registrar o pior dia de divulgação de casos em 24 horas (2.866 no dia 28) e dias com 84 óbitos (20 de agosto) e 78 óbitos (04 de agosto).
Agosto também foi o mês com os maiores registros de casos e mortes da série histórica. Foram divulgados 55.200 casos no mês, o que representa 42,2% do total de 130.500 desde março.