Em nota, o procurador Deltan Dallagnol afirmou que atuou com absoluta correção, a respeito da nova denúncia do The Intercept Brasil em conjunto com a Folha de São Paulo. Ele também declarou que “não reconhece as mensagens que têm sido atribuídas aos integrantes da força-tarefa, que são fruto de crime e não tiveram contexto e veracidade confirmados.”

Ressalta ainda que é importante esclarecer o que ocorreu. “É importante agregar informação sobre a linha do tempo: o procurador Deltan Dallagnol jamais participou de negociação ou ato de negociação do acordo de colaboração mencionado na reportagem, que era de responsabilidade da procuradoria-geral da República.”

Ainda conforme a nota, Dallagnol disse que não esteve entre os procuradores da força-tarefa designados para atuar no acordo. Assim que tomou conhecimento da menção da empresa Neoway no acordo, o procurador informou os colegas, em meados de 2018.

Após o acordo ser homologado pelo Supremo, o termo de depoimento do colaborador sobre a empresa foi enviado para a força-tarefa em Curitiba. “Assim que recebido, o procurador, no início de junho deste ano, declarou-se suspeito e o caso foi redistribuído para procurador de fora da força-tarefa. Além disso, por questão de transparência e prestação de contas, o procurador encaminhou ofício ao corregedor do Ministério Público Federal explicando toda a situação. Isso ocorreu logo após o caso descer para Curitiba e antes da divulgação das supostas mensagens. O corregedor, entendendo não haver nada de errado, arquivou o ofício.”

“É importante esclarecer que essa foi a única situação em que ocorreu conflito e, uma vez identificada, o procurador agiu corretamente, declarando-se suspeito e comunicando a corregedoria de modo espontâneo. E, novamente, a corregedoria arquivou a comunicação por entender adequado o procedimento”, finaliza a nota.