Em dezembro de 2018 o preço médio do litro da gasolina em Curitiba baixou dos R$ 4 depois de meses oscilando acima deste valor. O fato foi comemorado pelo consumidor à época. Mas o combustível mais barato durou pouco mais de dois meses. Desde o final de fevereiro os postos voltaram a remarcar o preço da gasolina e em março ele voltou a romper a barreira dos R$ 4, sendo vendido até R$ 4,17 o litro, nesta terça-feira (13).

No final do ano passado o preço do combustível teve queda depois de sucessivas reduções nas refinarias e, da mesma forma, o preço voltou a subir por causa dos reajustes feitos pela Petrobras desde o início do ano. Desde janeiro os seguidos aumentos na gasolina já somam 17,3% nas refinarias.Somente neste mês de março já foram quatro aumentos seguidos, informa o Sindicato dos Postos, o Sindicombustíveis-PR.

E não é apenas a gasolina. No Diesel, as altas seguidas nas refinarias da Petrobras já somam acréscimo de 16% em 2019. O etanol, por outro lado, também acumula grande alta nas usinas. Nos últimos trinta dias, teve alta de 21,05% nas usinas. Estes dados são fornecidos pela mais recente pesquisa CEPEA/ESALQ, divulgada em 8 de março de 2019.

Nesta terça, o Sindicombustíveis emitiu uma nota criticando essa forma de repasses dos preços. “Os postos representam o último elo até o combustível chegar ao consumidor final, e por isso são o lado mais exposto e cobrado a dar explicações”, diz a nota.

“O Sindicombustíveis aproveita para reforçar uma questão que vem denunciando desde o ano passado: as companhias distribuidoras, de maneira geral, têm repassado as altas da Petrobras com grande agilidade. Por outro lado, demoram ou não repassam na integralidade as baixas”, continua a nota da entidade sindical. “Entendemos assim que é uma grande injustiça direcionar aos postos, que também são vítimas, os questionamentos sobre as altas recentes. Estes questionamentos devem ser dirigidos ao governo federal, Petrobras e distribuidoras.