Um grupo de dissidentes do PMDB que rejeita a candidatura do senador Roberto Requião ao governo do Estado promoveu um ato de desagravo ao ex-governador Orlando Pessuti, na Boca Maldita, Centro de Curitiba, no sábado. No mesmo dia, o grupo de Requião obteve na Justiça a reintegração de posse da sede do Diretório Estadual do partido. Na semana passada, uma reunião do Diretório promovida pela ala requianista destituiu Pessuti do cargo de secretário-geral do PMDB paranaense, bem como o deputado federal Osmar Serraglio da presidência da legenda no Estado, nomeando o ex-deputado federal Rodrigo Rocha Loures – aliado do senador – ao comando da sigla no Paraná. Os dois são acusados de infidelidade partidária por não apoiarem a candidatura de Requião.

Impugnação
Na segunda-feira da semana passada, Pessuti e Serraglio haviam obtido a reintegração de posse da sede na Justiça. A Direção Nacional do PMDB já homologou a nova Executiva Estadual, mas o grupo dissidente pediu a impugnação do registro d mesma. No evento na boca, o secretário-geral do PMDB de Curitiba, Doático Santos atacou as iniciativas de Requião e seu grupo. Segundo ele, a ideia foi demonstrar o inconformismo dos peemedebistas com as agressões gratuitas perpetradas pelo candidato Requião, contra o ex-governador Orlando Pessuti. Grosseria, estupidez e maledicência não podem ter lugar em nossa legenda, disse Doático. Além destas questões, filiados do PMDB Curitibano, repudiaram o arrombamento das portas do partido e o pedido da assessoria de Requião que teria resultado em uma operação de busca e apreensão na casa de Doático em busca de planfetos contra o candidato.

Perseguição
Na operação, segundo os dissidentes, nenhuma evidência foi encontrada que justificasse a busca e apreensão na residência, caracterizando mera perseguição política, alegam eles. Importante também, salientar que nenhum material da suposta difamação foi encontrada pelo oficial de justiça designado para o caso, diz Doático. Nos discursos, o grupo expressou solidariedade também a Serraglio, igualmente atingido pela tentativa de usurpação do legítimo poder partidário.

Esforço concentrado
Depois de fazer uma sessão relâmpago de pouco mais de 20 minutos de duração na segunda-feira, e cancelarem as sessões de terça e quarta-feira, em luto pela morte do ex-deputado Edno Guimarães, a Assembleia Legislativa discute hoje se vai ou não reduzir as sessões de votação a uma vez por mês, para liberar os parlamentares para a campanha eleitoral. Dos 54 deputados, 50 são candidatos às eleições deste ano. E apesar das sessões ocorrerem apenas às segundas, terças e quartas-feiras, eles consideram que o tempo ainda não é suficiente para se dedicarem à disputa eleitoral – apesar de continuarem recebendo normalmente o salário de R$ 20 mil mensais – com ou sem votações.

Pauta
Na pauta da sessão de hoje está um veto parcial do governador Beto Richa (PSDB) ao item da Lei de Diretrizes Orçamentárias do Estado para 2015, que prevê a destinação de R$ 180 milhões para a Defensoria Pública. O Executiva alegou vício material e Legislativo no texto.

Símbolo
A Justiça determinou que o senador e candidato à reeleição, (PSDB) recolha toda sua propaganda eleitoral espalhada pelo Paraná que tenha o símbolo da casinha, sob pena de multa de R$ 50 mil em caso de descumprimento. A casinha foi usada como marca oficial do governo do Estado, quando Alvaro foi governador entre 1986 e 1989. Na decisão, que atende a pedido da coligação Paraná Olhando pra Frente da candidata do PT ao governo, Gleisi Hoffmann, que tem o ex-deputado federal Ricardo Gomyde (PCdoB) como candidato ao Senado. O desembargador Guido José Döbeli determinou que o senador tucano deixe de usar o símbolo em qualquer propaganda eleitoral, seja na internet, nos matérias impressos, cavaletes, placas e no programa eleitoral gratuito.

Mensalão
O líder do PPS na Câmara Federal, deputado Rubens Bueno, anunciou que vai pedir à CPMI da Petrobras, na próxima semana, a convocação dos empresários Ronan Maria Pinto, Oswaldo Rodrigues Filho e Enivaldo Quadrado, e também a quebra do sigilo bancário dos três e das empresas Expresso Nova Santo André e Remar Agenciamento e Assessoria. Segundo reportagem de do jornal O Estado de S. Paulo, a Polícia Federal apreendeu no escritório da contadora do doleiro Alberto Yusseff, investigado pela CPMI, um contrato de empréstimo, no valor de R$ 6 milhões, celebrado entre a 2 S Participações Ltda., do empresário Marcos Valério, e a Expresso de Ronan. São fortes os indícios da ligação dos envolvidos no caso do mensalão com o desvio de recursos da Petrobras que está sendo apurado pela CPMI, disse Bueno, ao justificar os pedidos que serão protocolados na comissão hoje.

Em alta
A Prefeitura de Curitiba e os Correios lançaram na sexta-feira o selo comemorativo dos 70 anos do poeta PAULO LEMINSKI. Foram impressas 1.800 folhas de selos personalizados, que serão utilizados exclusivamente nas correspondências oficiais da Prefeitura.

Em baixa
O setor de BARES E CASAS NOTURNAS se reúne hoje, às 19 horas, para discutir uma reação diante da crise que o setor vive em Curitiba. Além das questões econômicas, a reclamação é contra as leis restritivas impostas contra a categoria, o que tem levado muitos empresários a fechar as portas.