Franklin de Freitas

O indicador de intenção de consumo elaborado pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) e divulgado pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Paraná (Fecomércio PR), mostra reação positiva na intenção de consumo do mês de fevereiro. 

Os paranaenses estão mais animados para as compras, motivados pelo clima de otimismo e pela retomada econômica que vem se consolidando nos últimos meses. O índice da Intenção de Consumo das Famílias (ICF) reage diretamente a esses estímulos, e chegou a 114,9 pontos em fevereiro, pontuação não alcançada desde março de 2015.

O crescimento foi de 4% de um mês para o outro e de 6% comparado a fevereiro de 2018. Fatores como a perspectiva de consumo, nível de consumo atual, momento para compra de duráveis e acesso a crédito impulsionaram a alta da ICF em fevereiro na comparação com o ano anterior.

A ICF nacional está em 98,5 pontos, abaixo dos 100 pontos exigidos para que o índice seja considerado positivo. Os quesitos emprego atual (120,9), perspectiva profissional (113,8) e renda atual (111,6) foram todos positivos, mas ainda não suficientes para deixar o indicador geral da ICF acima da zona de indiferença. A perspectiva de consumo também passou dos 100 pontos, atingindo 102 pontos. Os demais indicadores nacionais foram negativos.

Comparativo por renda

Nas classes com renda superior a dez salários mínimos, a ICF reagiu positivamente, com alta de 7,6%. Nesta faixa de renda, o nível de consumo atual chegou a crescer 11,5% e a pontuação da perspectiva profissional foi 16% maior que no mês anterior. Momento para compra de bens duráveis foi o indicador de maior evidência positiva para os consumidores de maior renda ante o mês de janeiro (22,2%). Por outro lado, os consumidores das classes A e B acreditam que o poder de crédito esteja mais restrito em fevereiro, percentual que baixou 4,8%.

Nas classes com renda de até dez salários mínimos a ICF cresceu 3,2%. A perspectiva de consumo subiu 6,3% e foi o maior componente do grupo. A questão da renda atual, em que o consumidor se visualiza com maior ganho financeiro que em 2018, cresceu 4,4%.

Emprego atual e perspectiva no emprego também foram indicadores que reagiram positivamente nas famílias de menor renda.