GÉSSICA BRANDINO
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O presidente da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), Paulo Skaf, afastou nesta quarta-feira (25) a possibilidade de abrir mão da pré-candidatura ao governo de São Paulo para favorecer uma aliança do MDB com o PSDB no cenário nacional, em torno do presidenciável Geraldo Alckmin, acordo que chamou de lenda.
O MDB apoia o candidato do PSDB à Presidência da República e também a governador do estado de São Paulo. Que acordo é esse? É tão sem base e infundado que realmente mostra que se trata de uma lenda que se fala por aí. Há uma distância muito grande entre a criatividade, imaginação, invenção e a realidade dos fatos, disse.
Skaf também negou que o presidente Michel Temer tenha lhe pedido para desistir da candidatura no estado. Pelo contrário: a última vez que o encontrei, no sábado passado, ele me estimulou, isso antes da divulgação das pesquisas, afirma.
Como a equação do acordo entre as siglas favorece apenas o PSDB, há outro cenário que coloca João Doria como candidato à Presidência no lugar de Alckmin, formando uma aliança em torno de Skaf para o governo de São Paulo. O ex-prefeito, porém, nega que tentará se lançar para a Presidência.
Em entrevista à Rádio Bandeirantes a primeira na condição de pré-candidato, segundo ele Skaf também comentou os dados da pesquisa Ibope, em que aparece tecnicamente empatado com o ex-prefeito João Doria, que têm 24% das intenções de voto contra 19% do presidente da Fiesp.
O empresário agradeceu os eleitores de São Paulo e a Deus pelo resultado, uma vez que sua pré-candidatura está entrando em campo agora, afirmou. Num tom religioso, Skaf atribuiu ao destino o fato de não ter sido eleito em 2014 para o governo do estado e citou o papa Francisco ao falar da política como forma de pensar no bem comum.
O pré-candidato também comentou a taxa de rejeição de 32% apontada pelo Ibope, tecnicamente empatada com a de Doria, rejeitado por 33% do eleitorado. Skaf atribuiu o índice à ideologia do eleitorado, uma vez que se declara como uma pessoa de direita, a favor da livre iniciativa e que não fica em cima do muro. É natural quando se tem bandeiras sólidas que haja aqueles que concordam ou não, disse.
Skaf disse que se licenciará da Fiesp no dia 7 de junho para disputar as eleições. Ele afirmou que deseja fazer de São Paulo o Vale do Silício brasileiro, colocando o estado na 4ª Revolução Industrial. Entre as propostas estão a integração das polícias, ampliação do transporte por trilhos entre as cidades, equipar as escolas técnicas e investir numa educação que prepare para o futuro.