SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Dez estados brasileiros tiveram uma piora no índice que mostra o acesso à rede de esgoto entre 2017 e 2018. A maior foi em Pernambuco, onde a proporção de domicílios com acesso à rede caiu 5,2 pontos percentuais


A conclusão é de pesquisa do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgada nesta quarta-feira (22) que mostrou também que cerca de 23 milhões de domicílios brasileiros em 2018 não estavam conectados à rede de coleta de esgoto


O número representa 33,7% das residências, ou seja, aproximadamente um em cada três domicílios não tinha escoamento por rede geral ou por fossa ligada à rede de esgoto no ano passado.


Os dados pertencem à pesquisa Características Gerais dos Domicílios e dos Moradores 2018, feita com base em informações coletadas pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad-C).


Desde que começou a ser feita, em 2016, houve pouca melhora na proporção de domicílios que possuem acesso ao serviço. Há dois anos, o índice era de 65,9%, uma diferença de apenas 0,4 ponto percentual.


Nas regiões Norte e Nordeste, o problema é ainda mais grave. No Norte, a falta do serviço atinge 74,1% dos domicílios. No Nordeste são 60% das casas sem tratamento.


O menor índice é do Piauí, onde 93% das residências não têm coleta, seguido de Rondônia, com 90,2%. O estado de São Paulo possui o maior índice de acesso ao serviço, que está ausente em apenas 7,4% das casas.


Dez estados tiveram uma piora no índice que mostra o acesso ao esgoto entre 2017 e 2018. A maior foi em Pernambuco, onde a proporção de domicílios com acesso à rede caiu 5,2 pontos percentuais.


A pesquisa também mostra que mais de 17 milhões de domicílios brasileiros não têm disponibilidade diária de água encanada, o que representa 11,7% do total.


Em três estados, a falta de água atingia mais de 40% dos domicílios: Rio Grande do Norte (40,2%), Acre (60,3%) e Pernambuco (61,4%).


Um destaque é Brasília. Na capital, a disponibilidade diária de água era de 99,7% em 2016, mas despencou para 43,3% em 2017. No ano passado, o índice foi a 64,4%, ainda inferior ao nível no ano inicial da pesquisa.


Quanto à coleta de lixo diária nos domicílios, o número permaneceu estável, chegando a 82,1%. Apenas no Maranhão o serviço falta para mais de 50% das casas.