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SÃO PAULO, SP, E BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) – Disputado entre PT e PDT para fechar uma aliança ao Planalto, o PC do B aprovou neste domingo (22) resolução em que pede a união dos partidos de esquerda já no primeiro turno em resposta à adesão do centrão à candidatura do tucano Geraldo Alckmin. 

O documento, chancelado pela direção nacional da sigla, conclama PT, PDT, PSB e PSOL a se unirem "desde já" no momento em que os partidos lançam candidatos próprios e, ao mesmo tempo, são alvo de investidas dos mais bem posicionados nas pesquisas, Ciro Gomes (PDT) e o ex-presidente Lula (PT).

Apesar do documento, a avaliação é de que será muito difícil formar uma aliança de esquerda diante das divergências e interesses de cada partido.

O próprio PC do B, por exemplo, pode lançar Manuela D'Ávila ao Planalto, mas também negocia acordo com o PT, considerado hoje mais natural para a legenda, ou com o PDT de Ciro Gomes.

O PSB, por sua vez, está mais próximo a Ciro ou pode declarar neutralidade, posição em que cada estado fará seu arranjo político de acordo com interesses regionais, sem uma aliança nacional formalizada. 

Por fim, o PSOL deve ser o único a manter a candidatura de Guilherme Boulos até o fim da disputa.

Pelo menos até a convenção nacional do PC do B, em 1 de agosto, o discurso de dirigentes será o de que a união das legendas de esquerda se torna ainda mais importante após o acordo firmado entre o centrão – formado por DEM, PP, PR, PRB e Solidariedade – e Geraldo Alckmin, pré-candidato do PSDB ao Planalto.

A aliança deu ao tucano cerca de 4 minutos e meio na propaganda de TV e fôlego à sua campanha, que estava desacreditada e empacada há meses com 7% nas pesquisas.