O indicador de difusão do Índice de Preços ao Consumidor – Semanal (IPC-S) acelerou o ritmo de alta entre o final de outubro e a primeira leitura de novembro e voltou a romper a marca psicológica de 70%. A taxa do dado, que mede o quanto a inflação está disseminada, chegou a 70,88% na primeira pesquisa deste mês, contra 69,41% no fechamento do mês passado. Trata-se da maior variação desde o fechamento de março deste ano, quando a taxa foi exatamente de 70,88%.

No começo de novembro, o IPC-S intensificou a velocidade da alta, ao ficar em 0,63%, depois de registrar 0,55% no fim de outubro. A aceleração foi resultado principalmente do avanço na classe de despesa de alimentos para 1,14% (de 0,93%). “A inflação está espalhada por todos os grupos, mas quando há um mini choque em Alimentação como o que acontece nesse momento, isso faz a difusão aumentar (mais) por uma questão numérica. É o grupo que tem o maior número de itens”, explicou o coordenador do IPC-S, Paulo Picchetti.

Picchetti reconhece que o nível do índice está alto e, apesar da expectativa de repasse de algumas quedas de alimentos do atacado para o varejo nos próximos meses, acredita que o grupo Alimentação ainda poderá continuar apresentando taxas elevadas. “Principalmente por causa da sazonalidade, que também pode pressionar o grupo Vestuário que, por enquanto, está desacelerando (de 0,72% para 0,43%)”, avaliou.