A guerra civil da Síria, um país que em 2008 contava com 19,7 milhões de habitantes, já deixou, em dois anos e sete meses, um saldo de 110.371 mortos e mais de 2 milhões de refugiados, dados do Observatório Sírio para os Direitos Humanos (OSDH) e do Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (Acnur).

Mesmo com a violência do conflito interno, que começou com manifestações populares pela destituição do presidente sírio, Bashar al-Assad, o ditador afirmou em entrevista a um jornal libanês pró-regime que merecia ter vencido o Prêmio Nobel da Paz 2013 – a premiação foi entregue à Organização para a Proibição de Armas Químicas (Opaq), que está supervisionado a destruição do arsenal químico do regime sírio.

Esse prêmio deveria ter sido dado a mim, disse Assad ao jornal Al-Akhbar. Ele chegou ao poder em 2000, substituindo seu próprio pai, Hafez al-Assad – o país foi comandado por Hafez entre 1971 e 2000, ano de sua morte.

Na mesma entrevista, o ditador sírio, que é responsabilizado pelas potências ocidentais por um ataque químico contra civis no dia 21 de agosto, que matou mais de 1.400 pessoas, comparou armas químicas com moedas de troca, apontando que a perda de tal poderio bélico representou uma perda moral e política para a Síria.