Novak Djokovic expressou preocupação, neste sábado, sobre o impacto dos incêndios nos jogadores durante o Aberto da Austrália, dizendo que os organizadores podem ter de considerar adiar o evento caso as condições piorem na região de Melbourne.

Djokovic conquistou um recorde de sete títulos no Melbourne Park, como parte de seus 16 campeonatos de Grand Slam, e é novamente um dos favoritos no torneio que começará em 20 de janeiro.

Mas com incêndios florestais ocorrendo em muitas partes do país, com um saldo, até agora, de 23 mortos e 1.500 casas destruídas, a qualidade do ar se tornou um problema em regiões metropolitanas como Sydney, Melbourne e na capital Camberra.

Djokovic abriu a temporada com uma vitória por duplo 7/6 para a Sérvia sobre o sul-africano Kevin Anderson, pela ATP Cup em Brisbane, e disse que sua própria equipe entrou em contato com a Confederação Australiana de Tênis sobre o impacto dos incêndios florestais em Sydney, onde é realizada a fase de grupos da ATP Cup e onde serão disputados o mata-mata e a final na próxima semana, e em Melbourne.

Ele disse que era razoável considerar adiar o início do torneio pelas condições extremas, “mas acho que é provavelmente a última opção.” “Acho que eles tentarão fazer qualquer coisa sem adiar nada em termos de dias e do início do torneio”, afirmou em entrevista coletiva. “Mas quando se trata dessas condições que afetam a saúde de jogadores, acho que você definitivamente deveria considerar”.

Djokovic disse que a federação australiana “obviamente monitora o situação diária à medida que evolui.” “Acho que se a situação for mantida e a qualidade do ar for afetada em Melbourne ou Sydney, acho que provavelmente serão forçados a criar certas

regras”, disse o número 1 do mundo. “É difícil para eles por causa da programação deve ser respeitada questões como o Aberto da Austrália começar em um determinado momento e há muitas coisas envolvidas. Mas os problemas de saúde são uma preocupação para mim e para todos”.

O sérvio disse que o conselho de jogadores discutirá a questão se as condições piorarem e acrescentou que não é a primeira vez que os tenistas enfrentariam más condições de ar, como ocorreu em torneios na China, “mas isso é diferente”.