Como saber, se o que acaba já não é mais? Se quando se sabe acabado já não se sabe de nada do que era. E menos ainda do que é? Do que será então… Mas é só um dia depois do outro, uma data no calendário. Mais ou menos. Vê-se obrigado a abandonar o que partiu por desejo próprio e assim, meio sem perspectiva de freio – que seja o ano, a data do calendário, uma amizade, um estado das coisas – é, para mim, de um desalento, que nossa! 

E não é que esse ano tenha sido assim, “perfeito, sem defeitos” como gostam de repetir os pacientes novinhos. Não mesmo. Foi um ano, no mínimo, longo. Mas eu o conhecia, sabia lidar com ele, fingia entender os seus caminhos. Estava à vontade. E agora?

É um mundo novo, cheio de possibilidades, vocês dirão. E no mais não se puxa o freio de ninguém, somos livres e gritamos o valor dessa liberdade por aí, não é? É.

Mas que efeito tem um fim?

O efeito  imediato é de bolha de champanhe para alguns e barulho de fogos para outros. E há quem deteste barulho. Aliás, viva Curitiba! E viva o champanhe, que ninguém é de ferro. Não tem freio minha gente, acabou. Podem mandar as possibilidades. Feliz ano novo!

https://www.facebook.com/roberta.dalbuquerque  
https://www.instagram.com/robertadalbuquerque/