SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), afirmou nesta sexta-feira (8) que os presos pintarão as cerca de 5.500 escolas estaduais.


A afirmação foi feita durante coletiva, após reunião do secretariado no Palácio dos Bandeirantes.


De acordo com a equipe de Doria, o serviço seria feito nos períodos de férias e fins de semana —dessa maneira, os detentos não terão contato com os estudantes. 


Só participarão do projeto os presos interessados e que estejam no sistema semiaberto. Inicialmente, serão abertas 8.000 vagas. Os presos terão remição da pena. 


“Vamos cadastrar os municípios interessados”, diz o secretário da Administração Penitenciária, Nivaldo Restivo. O transporte dos presos ficará por conta das cidades interessadas, mas a fiscalização do trabalho deles será feito pelo estado.


Segundo Restivo, não é preciso nenhuma mudança na legislação para colocar em prática o programa. Ele já existe, mas em escala muito menor.


Quando foi anunciado secretário responsável pela gestão dos presídios em São Paulo, Restivo reconheceu o déficit de vagas nas unidades e disse que o aumento da capacidade será feito por meio de parcerias público-privadas, uma das prioridades da gestão Doria.


O secretário também afirmou que outra meta será desafogar o sistema prisional, por meio do oferecimento de benefícios aos quais os presos têm direito e audiências de custódia.


TRILHOS


Doria também tratou de mudanças na ligação entre a linha 13-jade da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitano) e o aeroporto de internacional de Guarulhos (Grande São Paulo). Entre as possibilidades estudadas, estão a construção de uma espécie de monotrilho denominado como “people mover” ou até uma passarela com esteira de 1.400 metros.


“Não faz sentido transporte público que não leva até o aeroporto. É tão bizarro que é difícil acreditar que isso tenha sido feito no estado de São Paulo”, disse, sobre a obra desenvolvida na gestão de Geraldo Alckmin (PSDB).