Divulgação / Coritiba

Duas das três chapas que concorrem à presidência do Coritiba contestaram nesta quarta-feira (9) a realização do pleito virtual, marcado para a próxima terça-feira (15). A eleição seria presencial e com drive-thru, mas isso foi vetado pela Prefeitura de Curitiba, em razão da pandemia do coronavírus.

Segundo a chapa Coritiba Responsável, encabeçada pelo atual presidente, Samir Namur, a eleição virtual não está prevista no estatuto. A chapa questiona também que a lista de 5.129 sócios aptos a votar tem pessoas já mortas. “Um sócio poderia votar várias vezes em nome de outros”, diz a chapa, em nota.

A chapa União Coxa, de João Carlos Vialle, contesta a capacidade da empresa – a Eleja Online – de realizar a votação. Em nota, a chapa alega que a mesma empresa realizou a eleição para presidente no Vasco da Gama e que houve problemas. “Verifica-se, portanto, que o sistema não é nem um pouco confiável, não existindo qualquer possibilidade de teste ou de assegurar que as informações que serão repassadas para e pela empresa serão, de fato, confiáveis e auditáveis”, diz a nota.

Já a terceira chapa, a Coritiba Ideal, de Renato Follador, defende a realização da eleição virtual. Segundo ele, mais gente poderá votar. “Entre os sócios, temos pessoas idosas, em grupo de risco, que não podiam ou não queriam sair, mas desejam participar. Qual o motivo que proibir de participarem?”, afirmou ele, em entrevista à rádio Transamérica. “Nosso movimento, por entender que que não pode a eleição presencial, propôs a híbrida (presencial e on-line). Em função do decreto, somente virtual. Tenho certeza que não vai dar problema nenhum.

A Eleja Online rebateu as acusações de confiabilidade. “Todas as eleições de clubes auditadas. Não houve nenhum problema. A eleição do Vasco foi auditada por duas empresas diferentes e nenhuma apontou qualquer problema”, afirmou a empresa.

Quando à possibilidade de votos de pessoas mortas, a Eleja Online se esquivou. “Seguimos a base que o clube passou, de eleitores aptos a votar”, disse a empresa, que por outro lado admite a possibilidade. “Hipoteticamente, se alguém que sabe o CPF de uma pessoa já falecida e tem acesso à conta de e-mail, receber o link e votar, ela vai votar por outra pessoa. Cada eleitor só pode votar uma vez com o mesmo CPF. Não tem como blindar isso. Mas é crime de falsidade ideológica”.