Franklin de Freitas

A diplomação dos candidatos eleitos em outubro, no Paraná, ontem, na solenidade promovida pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE/PR), no teatro Positivo, em Curitiba, acabou se tornando um “duelo verbal” entre apoiadores e adversários políticos do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), preso na Capital paranaense desde abril deste ano, após sua condenação por corrupção e lavagem de dinheiro no âmbito da Operação Lava Jato. O deputado estadual reeleito Tadeu Veneri (PT) aproveitou a cerimônia para defender a liberdade de Lula, e foi vaiado por parte da plateia. Já o deputado federal eleito Sargento Fahur (PSD) respondeu gritando: “Lula na cadeia”.

Celebridades
Outros que também aproveitaram o momento para extravasarem foi o deputado federal e deputado estadual eleito com a maior votação, Fernando Francischini (PSL) – que repetiu o gesto do presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) imitando uma arma com as mãos. E o deputado federal eleito Boca Aberta (PROS) que apareceu usando uma camiseta do Londrina Esporte Clube e gritou: “Pau nos políticos bandidos de terno”.

Reservas
Com as indicações do deputado federal eleito Ney Leprevost para a Secretaria da Justiça e do deputado federal reeleito Sandro Alex para a Secretaria de Infraestrutura e Logística no futuro governo Ratinho Júnior (PSD), foram abertas duas vagas na bancada federal paranaense na Câmara no ano que vem para os suplentes Evandro Roman e Stephanes Junior – ambos do PSD. Evandro Roman fez 67.909 votos nas eleições de outubro e ficou na primeira suplência. Já o ex-deputado Stephanes Jr fez 53.522 votos e ficou na segunda suplência.

Pela metade
Os vereadores de Curitiba reduziram pela metade, na votação do Orçamento de 2019 ontem, o corte de recursos para a Câmara Municipal no ano que vem, que havia sido anunciado no final de novembro. No último dia 30, o presidente do Legislativo da Capital, vereador Serginho do Posto (PSDB) e outros integrantes da Mesa Executiva anunciaram que o orçamento da Câmara para 2019 seria reduzido de R$ 153,5 milhões para R$ 125,5 milhões, ou R$ 28 milhões a menos. O texto aprovado hoje pelos parlamentares, porém, incluiu subemenda da comissão de Economia, proposta pelo vereador Paulo Rink (PR), que reduz o corte para R$ 14 milhões, fixando o orçamento da Câmara para o ano que vem em R$ 139,5 milhões.

Devolução
Quando anunciou o corte, Serginho do Posto argumentou que com base no padrão de gastos do Legislativo nos últimos anos, seria possível antever a economia, e que em vez de os recursos “ficarem parados” na Casa, a mudança permitiria ao Executivo dispor antecipadamente desse dinheiro no custeio de serviços públicos. Rink, porém, discordou da antecipação da devolução, alegando que o recurso não utilizado volta a compor o caixa do Executivo ao final do ano, conforme determina a lei. “Não sou contra a devolução, até porque o recurso não utilizado volta (à Prefeitura) no final do ano. O que estamos discutindo aqui é o momento (em que será feita a devolução)”, alegou o vereador na ocasião.

Mensalinho
A Justiça aceitou sete de nove denúncias apresentadas pelo Ministério Público contra vereadores e ex-vereadores de Araucária (região metropolitana de Curitiba) acusados de receber um “mensalinho” de R$ 10 mil para votar favoravelmente a projetos do então prefeito Olizandro Ferreira. De acordo com a denúncia, eles ficavam com parte dos salários de funcionários comissionados da prefeitura. O esquema teria movimentado R$ 2,2 milhões, segundo o MP. A Justiça também determinou o afastamento do atual presidente da Câmara, Ben Hur, que também foi denunciado.