A economia subterrânea, como é tratado o trabalho informal, aumentou sua participação na economia brasileira pelo quinto ano consecutivo e atingiu 17,3% do PIB, o que representa cerca de R﹩ 1,2 trilhão, quantia equivalente ao PIB de países desenvolvi dos como Suécia e Suíça. Os dados da pesquisa são nacionais, sem extratos por região ou estados.

Os dados são do Índice de Economia Subterrânea (IES), uma parceria entre o Instituto Brasileiro de Ética Concorrencial (ETCO) e o IBRE/FGV, que acompanha a evolução das atividades que operam à margem das legislações e regulamentações que afetam as atividades formais no país.

O aumento do indicador é reflexo dos impactos causados pela crise econômica brasileira, iniciada em meados de 2014 e que reduziu o mercado de trabalho e a participação do setor formal da economia.

De acordo com Edson Vismona, presidente do ETCO, o Índice de Economia Subterrânea reage de forma inversamente proporcional ao ambiente econômico. “Quanto melhor o cenário econômico, menor o Índice. Isso é histórico e para reverter este quadro dois fatores são necessários: uma sólida recuperação do ambiente econômico e a melhora do relacionamento do fisco com o contribuinte”, diz.

Setores
Na economia subterrânea ganhou força nos últimos anos o trabalho por conta própria por meio de aplicativos, como o de transporte compartilhado e de entregas. Também foi verificado uma alta daqueles que estão nas ruas vendendo produtos.