O presidente do PSB e governador de Pernambuco, Eduardo Campos, se reuniu há pouco com a presidenta Dilma Rousseff, após a Executiva Nacional do partido decidir entregar os cargos ao governo. De acordo com a assessoria de imprensa do Palácio do Planalto, o encontro durou cerca de 40 minutos e ocorreu apenas entre Campos e a presidenta Dilma. O teor da conversa não foi revelado pelo Planalto, mas a expectativa era que fosse entregue a Dilma uma carta com a decisão do partido.

No documento, Eduardo Campos diz declinar de sua participação no governo, entregando os cargos que ora ocupa. No entanto, reafirma que permanecerá, como agora, em sua defesa [da presidenta Dilma] no Congresso Nacional . A carta diz ainda que a decisão não antecipa posicionamentos quanto às eleições presidenciais de 2014. Esta decisão não diz respeito a qualquer antecipação quanto a posicionamentos que haveremos de adotar no pleito eleitoral que se avizinha, visto que nossa estratégia – que não exclui a possibilidade de candidatura própria – será discutida nas instâncias próprias, diz.

A intenção de o partido se afastar do governo começou a ser discutida depois de especulações – não confirmadas pelo Palácio do Planalto – de que a presidenta estaria avaliando dispensar ministros do PSB. Na carta aprovada pela executiva do partido, Eduardo Campos diz não receber as manifestações como ameaça. O Partido Socialista Brasileiro [PSB]- que nunca se caracterizou pela prática do fisiologismo – reafirma seu desapego a cargos e posições na estrutura governamental, e reitera que seu apoio a qualquer governo jamais dependeu de cargos ou benesses de qualquer natureza, diz no documento.