Franklin de Freitas – “Cida Borghetti (PP): vice-governadora assume governo na sexta-feira”

O cenário das eleições de outubro de 2018 começou a se desanuviar no Paraná e no país. Com a imposição do calendário eleitoral, àqueles que ocupam cargo ou função pública terão de deixar seus postos no fim desta semana. Aqui pelas terras das araucárias assistiremos uma troca de secretários e de governo – ou talvez apenas de comando já que trata-se de uma administração de continuísmo. Saí o tucano Beto Richa para assunção da vice Cida Borghetti (PP).
Em São Paulo, maior cidade do Brasil, o prefeito João Dória (PSDB) deixa a administração municipal para tentar se eleger governador do Estado. E por lá dizem que Geraldo Alckmin, também tucano, deixa o Palácio dos Bandeirantes para se arriscar na disputa pela presidência da República, ou no mínimo, uma vaga ao Senado Federal. Rio de Janeiro e Santa Catarina são estados que terão troca no comando com vistas na eleição de outubro.  
Desta maneira, te aconselho caro leitor, a não levar muito em conta o que você ouvir neste período sobre alianças partidárias – isso vale para o Paraná e também para o resto do país. Estaremos diante de assédios quase impróprios para menos de 18 anos. Serão reuniões, contas na ponta do lápis para formação de chapas e, obviamente, conversas nada republicanas envolvendo até cifras que serão usadas para compras de partido de aluguel. Promessas de secretarias e ministérios, além de comando de estatais, estarão no cardápio das negociatas. Atenção leitor, é neste momento que são loteados cargos e representa talvez o início de escândalos de corrupção – vide a Lava Jato.
Até dia 15 de agosto tudo pode acontecer. É a data limite para o registro de candidaturas junto à Justiça Eleitoral. E aqui explica o título deste nosso Papo Reto: o êxtase é só em agosto. Até lá veremos candidatos viáveis abrirem mão da disputa – e não faltaram motivos. Aquela aliança entre PT e PSDB inimaginável diante do antagonismo e radicalismo de ideias, tão propagada pelas redes sociais, será vista e repetida pelos rincões do Brasil. Veremos de tudo. Até 15 de agosto o que vai contar mesmo para a definição de candidaturas são basicamente duas coisas: tempo de televisão e pesquisa eleitoral.  
A história mostra que sem tempo de televisão o candidato está fadado ao fracasso nas urnas – mas claro que é ingenuidade desprezar a força das mídias sociais, apesar de poucos cases tupiniquins de sucesso. Mas com o enxugamento do tempo de campanha os programas eleitorais são fundamentais para a exposição de ideias, embora se propague ali promessas vazias de um mundo cor de rosa que não existe. Aparecerão candidatos com soluções de problemas históricos como se fácil fosse resolver, por exemplo, a segurança e a crise financeira no Rio de Janeiro.  
Fiquemos pela terra das araucárias. Os dois principais candidatos ao governo do Paraná que despontam como favoritos são Cida Borghetti e Ratinho Júnior (PSD). Hoje os dois disputam o apoio dos partidos da ampla base aliada de Beto Richa. Apesar das sinalizações de alguns partidos, o que vai valer mesmo, o que vai definir o destino destas legendas, são as pesquisas eleitorais.
Em meados de agosto vão pipocar levantamentos feitos pelos institutos de pesquisa e, não tenha dúvida leitor, aquele que tiver em melhor condição vai atrair as legendas. Eleição não é para amadores e neste jogo ninguém gosta de perder. O leme vai apontar para quem tiver mais chances de vitória. As ideologias? Programas de governo? Tudo ficará em segundo plano. Portanto, aguardemos 15 de agosto para vivenciarmos o êxtase das eleições de 2018. Até lá, haja engov.