“O ano do futebol”. Em janeiro de 2017, essa expressão tomou conta das redes sociais dos atleticanos. A torcida acreditava que, finalmente, a diretoria investiria pesado no principal departamento do clube. E, de fato, os dirigentes fizeram isso.
O Atlético começou o ano contratando o meia Felipe Gedoz, por cerca de R$ 5 milhões. Em valores, foi a maior aquisição da Era Petraglia. E a segunda maior da história do clube – o recorde foi em 2011, com R$ 7 milhões para o atacante Santiago Morro García, na gestão de Marcos Malucelli.
Junto com Gedoz, o Furacão trouxe jogadores de alto salário para a Libertadores 2017, como o lateral-direito Jonathan, o meia Carlos Alberto e os centroavantes Grafite e Eduardo da Silva. Outro mérito da diretoria foi conseguir manter no elenco jogadores caros e cobiçados pelo mercado, como Weverton, Paulo André, Thiago Heleno, Otávio, Lucho González e Nikão, além do técnico Paulo Autuori.
Em campo, porém, os investimentos deram pouco retorno. O time comandado por Autuori não deslanchou e viveu de altos e baixos. Dos reforços, apenas Jonathan fez uma boa temporada.
Nas fases preliminares da Libertadores, o Atlético eliminou nos pênaltis o Millonarios, da Colômbia, e passou sufoco contra o Capiatá, do Paraguai, com vitória por 4 a 3 no placar agregado.
Na fase de grupos da Libertadores, o Furacão seguiu com desempenho irregular e terminou em segundo lugar do Grupo 4, garantido a vaga para as oitavas de final. No mata-mata, perdeu as duas partidas para o Santos e acabou eliminado.
O Paranaense ficou em segundo plano. Mesmo assim, o time chegou até a final e acabou perdendo para o Coritiba.
Desgastado pelo fraco futebol, Paulo Autuori deixou o cargo de técnico em maio e virou manager no clube. Eduardo Baptista foi contratado para ser treinador e só durou 13 jogos. O desempenho da equipe era praticamente o mesmo. A aposta final foi em Fabiano Soares, que estava no Estoril, de Portugal. O time seguiu apresentando altos e baixos em campo. Acabou em 11º lugar no Brasileirão.
Fora de campo, o ano ficou marcado pela tensão entre parte da torcida e a diretoria. A decisão de alugar a Arena da Baixada para Liga Mundial de Vôlei foi só o início do confronto. Preços de ingressos, regras da biometria e as proibições no estádio provocaram protestos.