SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Com a greve de caminhoneiros bloqueando estradas, há relatos de falta de combustível em postos em São Paulo, Rio de Janeiro, Mato Grosso e no Distrito Federal.

Em alguns pontos, clientes verificaram preços altos, como gasolina a R$ 5 em Brasília. O Procon-SP alertou os consumidores de que a prática pode ser considerada abusiva e deve ser denunciada.

A Abcam (Associação Brasileira de Caminhoneiros) informou que, na manhã desta quinta-feira (24), realizou protestos em 22 estados e no Distrito Federal, com 330 pontos de interdição e manifestações.

Também há problemas no abastecimento de portos, centros de distribuição de alimentos, aeroportos, indústria de automóveis e unidades de processamento de carne bovina, suína e avícola.

ÔNIBUS URBANOS

Pela manhã, a operação dos ônibus de São Paulo foi reduzida em 3%. A SPUrbanuss, que representa 60% da frota da cidade, disse que suas concessionárias têm combustível para manter suas linhas rodando até o fim do dia. Cerca de 500 coletivos pararam, diz a SPTrans.

A Prefeitura de Curitiba disse que uma escolta de caminhões-tanque garantiu a circulação de ônibus nesta quinta.

Em Porto Alegre, as viagens estão saindo de hora em hora. Cidades do interior paulista, como Campinas, Ribeirão Preto, São José dos Campos, Franca e Guarujá estão com o mesmo problema, assim como Belo Horizonte, em Minas Gerais.

No estado do Rio de Janeiro, 30% dos ônibus estão parados. A informação é da Fetranspor, a federação de empresas de ônibus do Rio.

ALIMENTOS

Faltam alimentos em supermercados e centros de abastecimento por todo o país. Há 315 caminhões com alimentos perecíveis parados em estradas de Minas Gerais, Goiás, DF, Tocantins, Rio Grande do Sul e Rio de Janeiro.

O Ceagesp de São Paulo, o Ceasa do Rio de Janeiro, o Ceasa de Curitiba e a Feira de São Joaquim em Salvador relatam desabastecimentos de frutas e legumes.

PORTOS

A movimentação do porto de Paranaguá (PR) caiu em 27% nesta quarta, passando de 150 mil toneladas diárias para 110 mil.