Um erro de planejamento. É assim que o Santos, através de Paulo Autuori, enxerga o fato de o elenco à disposição do técnico Jorge Sampaoli ter mais jogadores estrangeiros – sete – do que o limite de nomes – cinco – que podem ser relacionados pelo clube a cada jogo. Por isso, espera acelerar as negociações para liberar o costa-riquenho Bryan Ruiz e o peruano Cueva.

“Não podemos ter mais jogadores estrangeiros do que podemos, porque o jogador não gosta de ficar sem atuar. O Santos, se olhar para dentro, consegue ver que tem atletas que, em situações emergenciais, podem atuar”, afirmou Autuori, o diretor do departamento de futebol do Santos.

Sem atuar pelo clube desde novembro de 2018, Ruiz tem treinado em separado no Santos desde o primeiro semestre, enquanto não fecha uma negociação para sua saída da Vila Belmiro.

A situação de Cueva é diferente, tanto que o peruano foi o principal investimento da diretoria para a temporada. Mas, sem render o esperado desde a sua chegada, está atrás de outros estrangeiros na hierarquia do clube, como Aguilar, Carlos Sánchez, Derlis Gonzalez, Soteldo e Uribe. E a limitação de estrangeiros impede que ele seja relacionado até para o banco de reservas, tanto que ainda não foi aproveitado após a retomada das competições depois da Copa América.

“Sampaoli já conversou com Cueva e Bryan dizendo a realidade. Ninguém está aqui para ser simpático com a opinião pública. As coisas precisam de sigilo às vezes para serem comentadas quando forem concretizadas. Propostas existem, mas temos de ver o que é melhor para o clube. O treinador já foi claro com eles”, afirmou Autuori.

Embora a contratação de estrangeiros tenha sido uma demanda de Sampaoli nos seus primeiros meses à frente do Santos, o dirigente admitiu que o clube errou ao extrapolar o limite de jogadores permitido pela CBF.

“Agora o problema é nosso para podermos arrumar soluções para isso. É impensável ter jogadores que treinam separados do elenco. Temos que nos planejar para que isso não aconteça mais”, concluiu.