Valquir Aureliano – “Ipu00ea roxo no Hugo Lange: paisagem do inverno “

A época de meados do inverno é de floração das cerejeiras e ipês roxos em Curitiba. Nas últimas semanas, as duas espécies dividem as atenções pelas ruas da cidade. Mas não são as únicas. Ao longo do ano e das estações, diversas cores e tons se mostram na vegetação da Capital. Curitiba tem estimados 320 mil árvores em vias públicas, o que representa mais ou menos uma árvore para cada seis habitantes.
E a cidade tem muitas variedades, desde a nativa araucária Angustifolia, símbolo do Paraná, às corticeiras de quase 80 anos que resistem nas bandas da Avenida Iguaçu, aos alfeneiros e as tipuanas, plantios dominantes nas décadas de 70/80. Nas últimas décadas, passaram a compor a paisagem curitibana, os ipês amarelos e roxos, angicos, dedaleiros, as floridas extremosas e quaresmeiras e as frutíferas pitangueiras e araçás, entre outras espécies, como branquilha, aroeira, araçá, vacum, açoita cavalo e pitangueira.
Época
Se no inverno florescem as cerejeiras e os ipês roxos, em setembro, quando se aproxima a primavera é a vez dos ipês amarelos se destacarem an cidade. Também no verão, mas normalmente no começo do ano, as cassias florescem em amarelo no Centro Cívico. As quaresmeiras também chamam a atenção de janeiro a fevereiro.
As cerejeiras estão noJardim Botânico, Praça do Japão e Alto da XV, mas acabaram se espalhando pela cidade. Os ipês, também estão em muitos bairros da Capital, como o Cristo Rei, Alto da XV e Hugo Lange.
No Campina do Siqueira, o outono ganha tons ferrosos nas folhagens de plátanos e dos liquidâmbares, plantadas na canaleta do Expresso.

Três tonalidade do ipês
Nas ruas da capital, são três as espécies de ipês amarelos que podem ser encontradas. Para notar as diferenças, é preciso um pouco de atenção. Com a copa mais arredondada e flores que formam grandes buquês, o Handroantus albus é mais utilizado em praças. Já o Handroanthus umbellatus, o que causa mais admiração quando floresce, tem sua copa em formato de guarda-chuva. A mais comum na arborização viária é a não menos impressionante Handroanthus chrysotrichus. Sua copa mais fina e floração com cachos menores não interfere na circulação de veículos e pedrestres