Impulsionado pelos recentes bons resultados sob o comando de Jesualdo Ferreira, o Santos volta a campo nesta terça-feira, às 19h15, em busca da segunda vitória na Copa Libertadores. O time vai receber o equatoriano Delfín, na Vila Belmiro, mas com um clima bem diferente, pois o estádio estará com os portões fechados.

O confronto com o Delfín será o segundo da punição imposta ao Santos em 2018, quando o time foi eliminado nas oitavas de final da Libertadores em confronto com o Independiente no Pacaembu encerrado antes do fim do tempo regulamentar por causa da confusão provocada pelos torcedores do clube, que entraram em conflito com a polícia.

“É diferente, porque gostamos de jogar para nosso torcedor, que sempre comparece em peso. Amanhã [terça] temos que entrar como se o estádio estivesse lotado, porque precisamos da vitória, que será muito importante”, afirmou Pará, garantido um time concentrado mesmo com o clima de treino que deverá estar na Vila Belmiro nesta terça.

A primeira partida da pena imposta pela Conmebol traz más lembranças ao Santos, pois provocou outra queda do time, na primeira fase da Copa Sul-Americana de 2019, com o empate por 1 a 1 contra o uruguaio River Plate. Agora, então, será a vez de encarar o Delfín. E a expectativa é de uma atuação melhor, ainda mais que o time vive um bom momento na temporada, após atuações irregulares, que inclusive colocaram Jesualdo sob pressão.

Afinal, na estreia o Santos derrotou o Defensa y Justicia por 2 a 1, na última terça-feira, mesmo atuando na Argentina, pelo Grupo G da Libertadores. Foi o marco do que se vê como uma recuperação da equipe, que vinha de empate por 0 a 0 em clássico contra o Palmeiras e no último sábado derrotou o Mirassol por 3 a 1, na Vila Belmiro, tendo marcado seus gols nos 25 minutos iniciais da partida.

Com exceção de Alison, lesionado, o Santos não tem maiores problemas para enfrentar o Delfín, com a vaga do titular sendo ocupada por Jobson, que, inclusive, marcou o primeiro gol do time na Libertadores, na semana passada. Com isso, Jesualdo repetirá a base do time que atuou nos últimos compromissos.

Isso inclui o trio de atacantes composto por Eduardo Sasha, Soteldo e Yuri Alberto, que no último fim de semana marcou o seu primeiro gol ente os profissionais, na partida diante do Mirassol, com o uruguaio Carlos Sánchez sendo o principal responsável por abastecê-los. E será com eles que o time tentará confirmar estar em crescimento, deixando as incertezas do início do ano para trás.

Jesualdo até teria a possibilidade de repetir a escalação do Santos, mas deve apostar na experiência de Pará na lateral direita. Com 34 anos e 43 jogos disputados na Libertadores, ele iniciou a partida de sábado entre os reservas, mas agora deverá voltar a ser aproveitado, relegando Madson, que estreou pelo clube no fim de semana, ao banco.

“A gente vinha se cobrando bastante. Sabíamos que estávamos devendo e jogando bem abaixo do esperado. O professor Jesualdo conseguiu colocar aquilo que ele pensa nas últimas semanas e os resultados estão aparecendo. Estamos procurando melhorar mais porque esse ainda não é nosso ideal”, afirmou Pará.

Adversário do Santos, o Delfín iniciou a sua terceira participação na Libertadores com empate por 1 a 1 contra o Olimpia, em casa, na última quarta-feira. Atual campeão equatoriano, o time está em crise, tendo perdido no último sábado, por 2 a 1, para a LDU Portoviejo. Além disso, é apenas o 14º colocado entre os 16 participantes do Campeonato Equatoriano, com três pontos somados em quatro rodadas. E o argentino Carlos Ischia é o seu segundo treinador no ano.