SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Das grifes jovens do calendário da São Paulo Fashion Week, a Modem é a única que consegue transitar entre o público fashionista, afeito ao misto de roupas desconstruídas com linhas gráficas estampadas, e aquele que só quer uma boa roupa para o dia.

Agora sozinho no comando da marca, Andre Boffano “reestreou” a etiqueta na São Paulo Fashion Week após a saída do estilista Samuel Santos, sua outra metade da direção de estilo, com um flerte da moda com a arte.

Estampas criadas em parceria com o arquiteto Rodrigo Ohtake tingiram e bordaram tricôs e camisas de seda, num trabalho de um interpretar a expertise do outro para construir peças cujas linhas bebem da fonte da estética suprematista.

Boffano apresenta o esmero no tratamento do couro e os acabamentos em metais industriais que identificam sua marca, mas agora dá um passo à frente ao abordar essas referências numa embalagem mais colorida.

Chaveiros de franjas e gravatinhas alongadas decoraram os looks de alfaiataria que até a coleção passada pareciam sérios demais.

As golas altas, que fazem parte do DNA da Modem, foram repensadas e apareceram como laços desfeitos. “Como era minha primeira coleção solo, quis desconstruir os conceitos que já havia criado para a marca”, diz o estilista.