Ricardo Marajó/FAS

Na semana passada, quando Curitiba chegou a registrar a temperatura mínima de 1º C na madrugada, a ação de acolhimento intensificada realizada pela Prefeitura abordou 614 pessoas em situação de rua, durante as noites e madrugadas.

Equipes da Fundação de Ação Social (FAS) percorreram toda a cidade oferecendo o pernoite em abrigos públicos do município para evitar que ficassem expostos ao frio. A Prefeitura intensifica o trabalho de resgate social sempre que a temperatura cai abaixo de 9°C, principalmente no período das 18 às 7h.

Do total de pessoas abordadas, 310 aceitaram a oferta de irem para os abrigos, onde têm acesso a banho, roupas limpas, alimentação e cama quente. Em todas as unidades é oferecido jantar e, na saída, no começo do dia seguinte, café da manhã.   

Apesar da abordagem dos educadores sociais, que explicam os serviços oferecidos pelo município para, 404 pessoas se recusaram a ir para acolhimento.

 “Lamentamos que isso aconteça, apesar do esforço dos nossos técnicos, mas precisamos cumprir a lei. Ela garante que ninguém pode ser removido das ruas contra a vontade mesmo em situação de risco, oferecida pelo frio intenso”, observou o coordenador de Resgate Social da FAS, Anderson Walter.

Transportado em kombis da FAS, o público foi levado para as casas de passagem Jardim Botânico, Rebouças, Bairro Novo ou Plínio Tourinho. Curitiba conta com 907 vagas existentes nas 12 unidades oficiais de acolhimento do município para a população em situação de rua. Caso essas vagas seja insuficiente, o excedente pode ser levado a uma das seis unidades conveniadas à Prefeitura, que mantêm 281 vagas.