Franklin de Freitas – Blitze acontecem em diversos pontos de Curitiba

Há quase um ano a fiscalização do trânsito em Curitiba foi intensificada. É que desde o dia 23 de fevereiro de 2018 a Guarda Municipal (GM) tem atuado para multar motoristas que cometem infrações de trânsito, com mais de 200 dos 1.280 agentes que compõem o efetivo da GM habilitados para essa nova função. Ao todo, mais de 4 mil autuações já foram aplicadas, segundo informou a Secretaria Municipal da Defesa Social.

Apenas no ano passado, por exemplo, foram realizadas 80 blitzes pela cidade. Esse número inclui operações da Setra e da GM e também ações desenvolvidas em co njunto com parceiros, como a Polícia Militar (PM) e a Polícia Rodoviária Federal (PRF).

Nessas ações, foram abordados 11.475 motoristas e emitidas 4.133 autuações. As infrações mais comuns nas ruas e avenidas da cidade são ultrapassagem de sinal vermelho, uso do telefone celular, estacionamento irregular e excesso e velocidade.

Além disso, também foram realizadas 1.774 remoções de veículos e 538 exames de bafômetro em blitz.

Nesses últimos dias, inclusive, tem sido comum ver ações desse tipo pela região central da cidade. Houveram operações ontem e anteontem.

Na fiscalização de trânsito feita na terça-feira, nas proximidades do Terminal Guadalupe, 24 veículos foram removidos (14 automóveis e dez motos), a maior parte deles pela falta de pagamento do licenciamento obrigatório. Ao todo, foram abordados 137 veículos ao longo da ação, o que resultou em 53 autos de infração de trânsito – ou seja, a cada três carros e condutores vistoriados, ao menos um apresentou situações em inconformidade com as leis de trânsito.

Já as informações sobre a ação feita ontem devem ser divulgadas nesta quinta-feira. Segundo a superintendente de trânsito de Curitiba, Rosangela Battistela, a redução e mortes é uma soma de fatores, como a realização de mais blitz. “Temos feito muita blitz na cidade e, apesar de aleatórias, elas estavam sendo educativas também. Carro sem condições, dirigindo sem documentação, tudo isso a gente acaba recolhendo o veículo no pátio e daí tem de pagar a multa e a dívida que eventualmente tem com o carro. E tudo isso educa”, aponta Rosangela.

Respeito à faixa de pedestres ainda é problema na capital
Questionada sobre quais os principais equívocos que os curitibanos ainda cometem no trânsito, a superintendente de trânsito de Curitiba, Rosangela Battistela, criticou a postura de motoristas diante de uma faixa de pedestre e a circulação de ciclistas nas canaletas do transporte coletivo, que deveriam ser exclusivas para ônibus (os ciclistas, por sua vez, relatam se sentirem mais seguros circulando por esse local do que tendo de dividir espaço com os carros).

“Em cidades como Maringá, Joinville e Florianópolis há o respeito à faixa (de pedestre), o motoristas dá a vez. Queremos que Curitiba chegue nesse nível também, então é uma das nossas metas nesse ano fazer campanha sobre a faixa de pedestres”, comenta Rosangela. “E também notamos um desrespeito dos ciclistas, que ainda insistem em pedalas nas canaletas. Eles dizem que a frequência dos ônibus é menor do que a de veículos, mas qualquer acidente ali normalmente é fatal para o ciclista. O certo é, onde não tiver ciclovia e ciclofaixa, o ciclista utilizar o lado direito da pista no mesmo sentido de circulação do veículo.