Foto:Tecpar – Tecpar testa amostras de colaboradores para Covid-19

Em um mês, os casos do novo coronavírus deram um salto gigantesco no Paraná e em Curitiba. No Estado, os casos de Covid-19 somavam 4.236 no dia 29 de maio. Um mês depois, esse número chegou a 21.089, segundo o boletim divulgado nesta segunda-feira (29) pela Secretaria de Estado da Saúde. A alta foi de 397% nestes trinta dias. Em Curitiba a alta foi semelhante. Eram 1.100 casos até o dia 29 de maio e, na segunda-feira (29), chegou a 4.774, uma alta de 334%.

Em relação aos óbitos pela doença, a mesma situação, uma alta elevada. O Paraná tinha confirmação de 173 casos um mês atrás. Agora eram 600, no boletim de ontem — aumento de 246%. Curitiba contava 45 mortes pela Covid-19 até 29 de maio, número que saltou para 145 ontem, uma alta de 22% no período.

O período coincide com a flexibilização das medidas de isolamento e distanciamento social. A partir de maio, algumas atividades começaram aos poucos a serem liberadas, como comércio, shoppings, bares e restaurantes e igrejas. Apesar destas atividades — que estão fora da lista de serviços essenciais — terem algumas restrições de funcionamento, não evitaram casos de aglomerações.

Tanto que, em meados de junho, a Prefeitura de Curitiba criou um índice baseado em bandeiras para medir o nível de alerta na Capital, atualmente em bandeira laranja, que indica risco médio e restrições mais duras nas atividades. Se os casos continuassem subindo, a próxima fase seria de bandeira vermelha, que pode indicar o lockdown.

Ontem, durante a divulgação do boletim do coronavírus em live, a secretária Municipal de Saúde de Curitiba, Márcia Huçulak, alertou para o “crescimento muito acelerado” dos casos na Capital. Também falou que preocupa muito que mais da metade dos casos confirmados tem histórico de contaminação familiar.

Boletins
A Secretaria de Estado da Saúde divulgou ontem 573 novas confirmações e mais 14 mortes pela infecção causada pelo novo coronavírus. O Paraná soma 21.089 casos e 600 mortos em decorrência da doença.

De acordo com o informe, 820 pacientes com diagnóstico confirmado de Covid-19 estavam internados – 665 ocupam leitos SUS (239 em UTI e 426 em leitos clínicos/enfermaria) e 155 em leitos da rede particular (58 em UTI e 97 em leitos clínicos/enfermaria).

Havia outros 755 pacientes internados, 393 em leitos UTI e 362 em enfermaria, que aguardam resultados de exames. Eles estão em leitos das redes pública e particular e são considerados casos suspeitos de infecção pelo vírus Sars-CoV-2.

No Paraná, 350 cidades têm ao menos um caso confirmado de Covid-19. Tapira e Nova Esperança do Sudoeste registraram casos pela primeira vez. Em 135 municípios há óbitos pela doença.

Segundo o monitoramento da secretaria, são 237 casos de pessoas que não moram no Estado. Destas, 13 foram a óbito.

Já a Secretaria Municipal da Saúde (SMS) de Curitiba confirmou mais 489 moradores da cidade infectados pelo novo coronavírus, totalizando 4.774 casos da doença. De acordo com a médica infectologista da SMS, Marion Burger, o aumento significativo pode ser explicado também pela ampliação da testagem.

Desde a confirmação do primeiro caso em Curitiba, em 11 de março, até o dia 25 de maio eram realizados, em média, 150 testes por dia. Neste último mês a média diária de pessoas testadas subiu para mil.

Foram mais cinco mortes confirmadas, elevando para 145 os casos na Capital.

Entre os confirmados, 368 pacientes com resultado positivo para covid-19 estavam internados em hospitais públicos e privados da capital paranaense, 125 deles em UTI.

A taxa de ocupação das 236 UTIs do SUS exclusivas para covid-19 na capital era de 76% até ontem — todos aqueles que deram entrada no internamento com sintomas de síndromes respiratórias agudas graves vão para leitos exclusivos covid-19 e não apenas os com casos confirmados.

Além dos 145 óbitos confirmados até agora, 441 mortes foram descartadas e dez estão em investigação para Covid-19.

Brasil registra 692 óbitos em 24 horas e total de casos confirmados sobe para 1,3 milhão

Com 692 novos óbitos, registrados entre o domingo e ontem, sobe para 58.314 o total de mortes em função da pandemia do novo coronavírus no Brasil. O número foi divulgado na atualização diária do Ministério da Saúde. O total representou um aumento de 1,2% em relação a domingo, quando o balanço marcou 57.622 falecimentos totais em decorrência da covid-19.

Para se ter uma ideia do que o número representa, a soma é maior do que a capacidade de conhecidos estádios brasileiros, como Beira Rio e Arena do Grêmio, em Porto Alegre, e Arena Fonte Nova, em Salvador.

Ainda conforme o Ministério da Saúde, foram adicionadas às estatísticas mais 24.052 casos confirmados de Covid-19. Com isso, o Brasil atinge 1.368.195 milhões de casos acumulados da doença.

A taxa de letalidade (número de mortes pelo total de casos) ficou em 4,3%. A mortalidade (quantidade de óbitos por 100 mil habitantes) atingiu 27,7. A incidência dos casos de covid-19 por 100 mil habitantes é de 651,1.

O balanço do Ministério da Saúde aponta 552.419 pacientes ainda em observação, enquanto o total de recuperados desde o início da pandemia totaliza 757.462.

A região com mais óbitos por Covid-19 é o Sudeste, com 26.807. É nela onde estão os dois estados com maior número de vítimas: São Paulo (14.398) e Rio de Janeiro (9.848). Em seguida vem a região Nordeste, com 18.923 vítimas da doença. Os estados nordestinos com mais vítimas são Ceará (6.076) e Pernambuco (4.782).
Até ontem, o mundo tinha 10,2 milhões de casos confirmados e mais de 500 mil mortes pela doença. O total de recuperados era de 5,1 milhões de pessoas.