SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Apesar de um início minguado, marcado pelo atraso de artistas, pequenos contratempos técnicos e o risco de chuva, a Batalha do Passinho ocupou em poucos minutos todo o cruzamento da avenida Vieira de Carvalho com a rua Aurora. O público, composto por famílias e pessoas das mais diversas idades, logo se entusiasmou com o embate entre os paulistas do Passinho dos Maloka e os cariocas do Passinho Foda.

Provocados pela equipe paulista, o Passinho Foda dançou não só funk mas também ritmos como o sertanejo, pagode e axé. O dançarino Iguinho, do Passinho Foda, conquistou aplausos quando elogiou o funk paulista e pediu que o ritmo fosse levado a outros estados. “Temos que mostrar pro mundo a cultura original que esse nosso Brasil sabe produzir”, afirmou.

Questionada sobre o risco de cancelamento do show devido à chuva, a produtora Daniela Silva afirmou que “nem água para o passinho”. Nesse ano, ela conta que seu objetivo foi um “encontro Rio-São Paulo” em favor da cultura do funk. Mas, para a próxima Virada, espera encontrar mais grupos paulistas de passinho e promover uma batalha local.

O evento também apresentou um viés pedagógico. O dançarino Fefezinho Patatyy, sucesso no You Tube com vídeos que ultrapassam a marca das três milhões de visualizações, chamou para a arena quem quisesse aprender o ritmo.

Também explicou as origens do “passinho do romano”, variedade de coreografia do funk que nasceu no Jardim Romano, periferia de São Paulo, e que conta com mais movimentos dos braços e do quadril. O passinho carioca, por sua vez, tem mais “riscado”, com os pés escorregando rápidos pelo chão, em uma mistura do samba com o moonwalk de Michael Jackson.