O Coronel Lima, amigo e ex-assessor do presidente Michel Temer, teria recebido R$ 1 milhão de propina em um contrato no Aeroporto de Brasília. Ao menos é o que disse o empresário Marcelo Castanho, dono da Alumi, em depoimento à Polícia Federal. As informações são do G1.

O depoimento foi na Superintendência da Polícia Federal, em Brasília, no dia 13 de julho. Castanho falou ao delegado Cleyber Malta Lopes, responsável pelo inquérito que apura se empresas do setor portuário pagaram propina em troca de um decreto do presidente Michel Temer, no ano passado.

Segundo disse Castanho, foram pagos R$ 1,091 milhão a uma empresa do coronel João Batista Lima Filho, com o objetivo de explorar a área do Aeroporto de Brasília com publicidade, em 2014. Ele falou que fez parceria com o empresário Rodrigo Castro Neves, porque ele era próximo de José Antunes Sobrinho, na época presidente da Inframerica – responsável pelo aeroporto. Por orientação do próprio presidente da Inframerica, o dinheiro seria pago para a Argeplan, que tinha o coronel Lima Batista como um dos sócios.

O coronel Lima é investigado no inquérito dos portos e chegou a ser preso em março deste ano. A PF suspeita que ele seja um operador de propina do presidente Temer. A defesa do presidente nega qualquer participação na celebração de contrato entre duas empresas privadas. As outras partes envolvidas no depoimento negam as acusações e dizem que prestaram os devidos esclarecimentos.