A escritora moçambicana Paulina Chiziane foi a vencedora do 33º Prêmio Luís de Camões. O anúncio foi feito no início da tarde desta quarta-feira, 20. Suas obras se destacam pelo protagonismo feminino e o seu livro mais conhecido é Niketche: uma história de poligamia.

Paulina foi a escolhida por uma comissão julgadora composta de seis membros (sendo dois de Portugal, dois do Brasil e dois representantes do PALOPS – países africanos de língua oficial portuguesa), que se reuniram no final da manhã desta quarta para anunciar o resultado.

Os dois jurados brasileiros presentes na comissão foram Jorge Alves de Lima e Raul Cesar Gouveia Fernandes.

Além deles, este ano, fazem parte da comissão: Carlos Mendes de Souza, Ana Maria Martinho, pela parte portuguesa; escritor Tony Tcheka (Guiné-Bissau) e Teresa Manjate (Moçambique) pela parte dos países africanos de língua portuguesa.

No ano passado, o prêmio foi atribuído ao acadêmico português Vítor Manuel Aguiar e Silva, que coordenou o Dicionário de Luís de Camões.

E, em 2019, o eleito foi Chico Buarque, decisão que irritou o presidente da República, Jair Bolsonaro, que não assinou o diploma de atribuição.

À essa reação, Chico disse que via a ausência dessa assinatura como “um segundo Camões”.