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O quarto filhote de arara-azul a nascer no Zoológico do Alto Boqueirão ainda está sob os cuidados dos pais, em um recinto fora de exposição no parque.

A espécie, que vive nas regiões do Pantanal e da Amazônia, é considerada vulnerável na escala de risco de extinção. No último senso realizado, havia apenas quatro mil indivíduos em vida livre, em razão da caça, comércio clandestino e desmatamento.

Estima-se que o nascimento da nova arara-azul do zoo tenha sido há cerca de quatro meses, quando a equipe notou que os pais ficavam mais no ninho. “Estávamos na expectativa de que pudesse ter alguma coisa diferente em razão do comportamento do casal”, conta a chefe de Fauna do Zoo, Nancy Banevicius.

Hoje, quase do tamanho dos pais, o ainda filhote já arrisca alguns voos. Estes animais costumam ficar sob a tutela dos progenitores de 12 a 18 meses após o nascimento.

Para saber se é macho ou fêmea, é preciso fazer um teste de DNA, já que as aves não apresentam dimorfismo sexual. A informação deve ser confirmada até o próximo mês.

O diretor do Departamento de Pesquisa e Conservação da Fauna, Edson Evaristo, classifica o novo nascimento como mais um caso de sucesso. “É mais um ótimo resultado do nosso programa de reprodução de psitacídeos de espécies ameaçadas de extinção, que já possibilitou o nascimento de ararajubas e vários papagaios”, enumera.

Irmão famoso

O filhote é irmão do Blu, arara-azul que fugiu dos veterinários durante um teste de voo no Passeio Público, ainda em 2014.

Blu está em exposição em um recinto com uma fêmea da mesma espécie. Os dois ainda estão se conhecendo, mas espera-se que possa ser mais um casal a se reproduzir em breve.