Apenas 5% da população espanhola contraiu o novo coronavírus, ainda que essa taxa aumente para 10% na região de Madri e em outras do centro do país, segundo estudo publicado nesta quarta-feira, 13, pelo governo.

“O estudo constata que 5% da população espanhola, em nível nacional, teve algum contato com o vírus, ou seja, pouco mais de 2 milhões de pessoas”, declarou o ministro da Saúde, Salvador Illa, ao comentar os primeiros resultados parciais do estudo iniciado em 27 de abril e que testou mais de 60 mil pessoas.”O resultado que mais chamou atenção foi a grande variabilidade geográfica”, ressaltou o ministro.

O estudo demonstra que o coronavírus circulou muito mais no centro do país, especialmente na capital, do que em outras regiões. As maiores taxas de contágio foram registradas nas vizinhas Castilla e León, com 14,2% em Soria e Castilla-La Mancha por exemplo.

A Espanha, um dos países mais afetados pelo coronavírus no mundo, está longe do nível suficiente de contágio, estimado em 65% a 70% da população, a partir do qual se considera que haja um nível suficiente de imunidade coletiva.

“Estamos longe da imunização de grupo. Não sabemos o que vai acontecer, mas poderia haver um novo pico da infecção. Por isso, os critérios de cautela e de tomar as decisões com a maior informação disponível, é o mais sensato”, disse Marina Pollán, diretora científica da pesquisa.

Até agora, o governo espanhol relatou apenas os resultados de uma primeira onda de “testes rápidos” para encontrar anticorpos contra o coronavírus.

“Não encontramos diferenças entre homens e mulheres, nem nas faixas etárias”, embora “seja verdade que crianças e adolescentes pareçam ter uma prevalência mais baixa”, explicou o ministro.

A França, que ultrapassou o número de 27 mil mortes nesta quarta, publicou um estudo semelhante que mostra que menos de 10% da população foi infectada pelo novo coronavírus na região de Paris e no nordeste, as duas áreas mais afetadas no país. (Com agências internacionais)