Diretor do Instituto Nacional de Alergias e Doenças Infecciosas dos Estados Unidos, Anthony Fauci afirmou nesta terça-feira, 23, que o país ainda está “no meio da primeira onda” de casos da covid-19, não na segunda onda da doença. Durante depoimento em comitê da Câmara dos Representantes, ele disse que, se o nível de novos casos da doença ficar muito baixo, será possível evitar novos surtos do vírus, no processo de reabertura econômica.

“Estaremos muito mais preparados, se houver segundo pico nos casos, do que meses atrás”, avaliou Fauci.

Texas, Flórida e Arizona

Ele disse também que houve um “salto perturbador” nos novos casos da covid-19 em alguns Estados, como Texas, Flórida e Arizona.

Os Estados americanos têm adotado medidas para relaxar as quarentenas, a fim de permitir uma retomada econômica. As autoridades de saúde foram também questionadas por deputados sobre a questão dos testes, após o presidente Donald Trump sugerir que pode ser reduzida a quantidade deles. Todas as autoridades presentes negaram que tenham recebido orientação de Trump para diminuir os testes, garantindo que, pelo contrário, desejam testar mais e buscam melhorar a qualidade desse instrumento.

Vacina

Fauci ainda voltou a comentar a questão das potenciais vacinas para a doença. Após ter dito mais cedo que uma delas poderia estar disponível até o início de 2021, ele comentou que “não há garantia” de que haverá sucesso nessa busca, mas que os dados preliminares fazem com que ele esteja “cautelosamente otimista” sobre a possibilidade.

Além disso, Fauci garantiu que nenhuma vacina será liberada antes de ser assegurada sua eficácia e segurança. Segundo ele, para acelerar o processo, companhias estão produzindo vacinas antes mesmo de que elas passem no teste, como estratégia para ganhar tempo no caso de um resultado positivo.

Fauci afirmou, porém, que essas empresas estão apenas assumindo um risco financeiro, que não significará um risco posterior de que se utilizem vacinas que não sejam as aprovadas contra a doença.

Ele disse também que já se sabe que o corpo humano, após ser atingido pela doença, produz anticorpos, mas que não está claro por quanto tempo dura a proteção contra a covid-19. Afirmou que a questão tem sido pesquisada, em busca de respostas mais específicas.