A bancada evangélica da Câmara Municipal de Curitiba e a direção estadual do PT trocaram acusações por causa do pedido de cassação do mandato do vereador Renato Freitas (PT), apresentado pelo bloco evangélico. Em nota, os vereadores Ezequias Barros (PSD), Osias Moraes (Repub), Sargento Tânia Guerreiro (PSL) e Pastor Marciano Alves (Repub), acusaram Freitas de “intolerância religiosa”, em virtude das críticas do parlamentar a repasses de recursos públicos para igrejas e a defesa do chamado “Kit Covid”, com medicamentos sem eficácia comprovada contra a Covid-19. A Executiva Estadual do PT, por sua vez, disse que a iniciativa “representa mais um exemplo do racismo institucional” na política brasileira.

Os quatro vereadores entraram com representação no Conselho de Ética da Câmara contra Freitas por quebra de decoro parlamentar. Na nota os parlamentares alegam que “membros da bancada evangélica da Câmara Municipal de Curitiba estão sofrendo constantes ataques preconceituosos, calúnias, difamação e intolerância religiosa do vereador Renato Freitas”.

O PT afirmou que o pedido de cassação contra Freitas é uma tentativa de “desconsiderar a liberdade de expressão de qualquer cidadão” e “viola, ainda, a inviolabilidade dos próprios parlamentares por suas opiniões, palavras e votos”.