Um tribunal do Sudão condenou neste sábado o ex-presidente Omar al-Bashir por lavagem de dinheiro e corrupção, condenando-o a

dois anos em uma instalação de reabilitação para idosos.

Esse é o primeiro veredicto de uma série de processos legais contra al-Bashir,

que também é procurado pelo Tribunal Penal Internacional por acusações de crimes de guerra e genocídio ligados ao conflito de Darfur nos anos 2000.

O veredicto veio um ano depois que os manifestantes sudaneses começaram sua revolta

contra o regime autoritário de al-Bashir. Durante suas três décadas no poder, o Sudão entrou na lista dos EUA por patrocinar o terrorismo, gerando uma série de sanções que, juntamente com a má administração, levou a economia ao colapso.

Al-Bashir está sob custódia desde abril, quando os militares do Sudão intervieram

e o removeram do poder após meses de protestos em todo o país. A revolta

eventualmente forçou os militares a um acordo de compartilhamento de poder com civis.

Segundo a lei sudanesa, al-Bashir, de 75 anos, deve ser enviado para uma instalação de reabilitação para idosos que são condenados por crimes não puníveis com pena de morte.

Em agosto, al-Bashir disse ao tribunal que recebeu através do gerente de seu escritório US$ 25 milhões do príncipe herdeiro da Arábia Saudita Mohammed Bin Salman. Segundo ele, o príncipe herdeiro não queria revelar que ele era a fonte dos

fundos, então ele não depositou o dinheiro no banco central do país.

al-Bashir disse que o dinheiro estava sendo usado para doações e não para seu próprio benefício.

Fonte: Associated Press