Franklin Freitas

Em depoimento na tarde desta terça-feira (16), Raquel Lab, a proprietária do apartamento que explodiu durante um serviço de impermeabilização no dia 29 de junho no bairro Água Verde, em Curitiba, disse que acendeu o fogão na cozinha do imóvel instantes antes da explosão. De acordo com o depoimento, Raquel contou que iria fazer café e que quando acendeu uma boca do fogão já houve imediatamente a explosão que a arremessou para um cando da cozinha. As informações foram divulgadas pela RPC-TV.

Policiais civis que investigam as causas da explosão chegaram ao Hospital Evangélico, onde Raquel e Gabriel Araújo, seu marido, estão internados, para colher depoimentos do casal por volta das 17 horas. Os policiais saíram somente às 17 horas. O estado de saúde do casal é estável, porém ainda inspira cuidados.

Embora Raquel tenha dito que a explosão ocorreu no momento em que acendeu o fogão, a principal hipótese considerada pela polícia como causa da explosão ainda é um vazamento no aparelho de impermeabilização, que contém produto altamente inflamável.

O laudo obtido pelo Corpo de Bombeiros com engenheiros aponta que o sistema de gás do apartamento, tanto da cozinha, quanto do imóvel em geral, permaneceu intacto após a explosão. Isso comprovaria que não houve vazamento de gás. Raquel não soube dizer no depoimento se as janelas estavam fechadas ou abertas no momento do incidente.

“Lembra de ter acionado a boca do fogão a gás para fazer café e que no momento que acendeu houve a explosão e ela foi arremessada”, diz o depoimento.

O técnico que aplicava o produto no sofá, Caio Santos, segundo relato de Raquel, estava na sala junto com Gabriel. Matheus Lamb, irmão de Raquel, estava no quarto quando foi arremessado do sexto andar do prédio com a força da explosão.

A polícia constatou em mensagens de Whatsapp que Gabriel entrou em contato com os proprietários da empresa Impeseg e que não foi comunicado nada a respeito de o produto ser inflamável. Em depoimento, Gabriel afirmou que o técnico “não solicitou que os moradores saíssem do imóvel e tampouco indagou quantas pessoas estavam no imóvel, não falando ainda que deveriam sair do local da impermeabilização; que o técnico em momento algum mencionou sobre o perigo de acender alguma chama ou acionar qualquer interruptor”, diz o documento.