SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) – A DFB (Federação Alemã de Futebol, na sigla em alemão) rebateu, nesta segunda-feira (23), o meia Mesut Özil, que comunicou no domingo (22) que não jogará mais pela seleção da Alemanha por ser alvo de tratamento racista e desrespeitoso por parte da entidade.

Em nota oficial, a DFB negou as acusações do jogador de ascendência turca. “Das ligas mais baixas até as seleções nacionais, muitos jogadores de futebol com antecedentes migrantes fazem parte da DFB. Nós jogamos e vivemos juntos com nossas várias raízes, religiões e culturas. Um compromisso com esses valores fundamentais é um pré-requisito para todas as pessoas que jogam futebol na Alemanha”, diz o comunicado.

A entidade ainda argumentou que o zagueiro Boateng recebeu apoio após passar por problemas semelhantes. “Lamentamos que Mesut Özil, ao contrário de Jerome Boateng, se sinta como se não tivesse recebido proteção suficiente quando se tornou alvo de provocações racistas.”

Às vésperas da disputa da Copa do Mundo da Rússia, Özil posou para fotos com o presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan. A imagem foi interpretada como um apoio explícito à então campanha pela reeleição do presidente turco, que mantém uma relação de tensão com a chanceler da Alemanha, Angela Merkel.

O jogador do Arsenal relatou ter recebido diversas críticas na Alemanha por apoiar o presidente turco. “Com dor no coração e depois de muito considerar os eventos recentes, não vou mais jogar pela Alemanha em nível internacional uma vez que sinto este sentimento de racismo e desrespeito”, afirmou Özil.