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Em maio de 2019, o custo do conjunto de alimentos essenciais diminuiu em 13 capitais, conforme mostra resultado da Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos, realizada mensalmente pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE) em 17 cidades. As quedas mais importantes foram observadas em Campo Grande (-13,92%), Belo Horizonte (-7,02%), Goiânia (-4,48%) e Rio de Janeiro (-4,39%). As variações positivas ocorreram em Florianópolis (1,17%), Aracaju (0,86%), Recife (0,20%) e Brasília (0,06%).

Em maio de 2019, a Cesta Básica de Curitiba calculada pelo DIEESE apresentou variação de -2,28%, sendo a oitava menor queda entre as treze capitais que tiveram redução de preços, passando de R$ 461,91 para R$ 451,38. Deste modo, a capital paranaense teve o sétimo maior valor entre as capitais pesquisadas. Em 12 meses (comparação de maio de 2019 com maio de 2018), a variação foi de 13,65% e no ano de 2019 (comparação de mai/2019 com dez/2018) teve aumento de 7,72%.

O custo da ração alimentar essencial mínima para uma família curitibana (1 casal e 2 crianças), foi de R$ 1.354,14 (hum mil trezentos e cinquenta e quatro reais e quatorze centavos) sendo necessários 1,36 salários mínimos somente para satisfazer as necessidades do trabalhador e sua família com alimentação no mês de maio de 2019. A cesta básica teve um custo mensal de R$ 451,38, tendo um custo diário de R$ 15,05.

Em maio de 2019, o trabalhador curitibano remunerado pelo salário mínimo  comprometeu 99 horas e 30 minutos de sua jornada mensal para adquirir os gêneros essenciais, tempo inferior às 101 horas e 49 minutos exigidas em abril de 2019. Quando se compara o custo da cesta e o salário mínimo líquido, ou seja, após o desconto referente à Previdência Social, a relação passou de 50,31% em abril de 2019 para 49,16% em maio de 2019.

No ano, a cesta básica de Curitiba apresenta uma variação de 7,72% sendo a sétima menor variação entre as capitais pesquisadas. Na comparação anual (mesmo mês do ano anterior), a cesta básica de Curitiba teve aumento de 13,65%, sendo a sexta menor alta entre as dezoito capitais pesquisadas.

Dos 13 produtos pesquisados, sete registraram baixa em maio de 2019 em relação a abril de 2019: o feijão (-11,33%), o tomate (-7,71%), a banana (-6,42%), a batata (-5,81) o óleo de soja (-1,73%), o açúcar (-0,92%) e o pão francês (-0,59%). Por outro lado, cinco itens tiveram alta: o arroz (3,78%), o leite (1,69%), a manteiga (1,08%), a carne (0,77%) e o café (0,10%). E um produto o preço se manteve, a farinha de trigo (0,00%)

Em 12 meses, doze produtos apresentam aumento: a batata (65,09%), o feijão preto (39,67%), o tomate (35,15%), a farinha de trigo (18,29%), a manteiga (16,12%), o leite (10,37%), a carne (7,36%), a banana (4,95%), o óleo de soja (3,93%), o pão francês (3,50%), o açúcar (3,35) e o arroz (2,49%). Por outro lado, apenas um produto acumulou queda: o café (- 6,26%).

A capital com a cesta mais cara foi São Paulo (R$ 507,07), seguida por Porto Alegre (R$ 496,13) e Rio de Janeiro (R$ 492,93). Os menores valores médios foram observados em Salvador (R$ 392,97) e João Pessoa (R$ 403,57). Em 12 meses, entre maio de 2018 e o mesmo mês de 2019, todas as cidades pesquisadas acumularam alta, entre 6,49%, em Campo Grande, e 24,23% em Recife. Nos primeiros cinco meses de 2019, todas as capitais tiveram alta acumulada, com destaque para Recife (22,69%), Vitória (20,07%) e Natal (18,94%). A menor alta foi registrada em Campo Grande (0,26%).

Em maio de 2019, o salário mínimo necessário para a manutenção de uma família de quatro pessoas deveria equivaler a R$ 4.259,90, ou 4,27 vezes o mínimo de R$ 998,00. Em abril de 2019, o piso mínimo necessário correspondeu a R$ 4.385,75, ou 4,39 vezes o mínimo vigente. Já em maio de 2018, o valor necessário foi de R$ 3.747,10, ou 3,93 vezes o salário mínimo, que era de R$ 954,00.