RIO DE JANEIRO, RJ (UOL/FOLHAPRESS) – O atacante Deyverson, o técnico Luiz Felipe Scolari e o diretor de futebol Alexandre Mattos, todos do Palmeiras, foram punidos em sessão realizada na manhã desta segunda-feira (12) pela 1ª Comissão Disciplinar do STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva).

O jogador foi suspenso por duas partidas (já cumpriu uma), e o treinador pegou um jogo de suspensão. Ambos, portanto, ficam fora do jogo contra o Fluminense nesta quarta (14). Já o dirigente levou gancho de 15 dias.

Os alviverdes foram julgados por incidentes na partida contra o Ceará. Deyverson foi expulso no primeiro tempo por uma solada na barriga de um adversário, enquanto Felipão e Mattos insinuaram que o árbitro André Luiz Castro teria agido de má-fé. Eles deram a entender que Castro teria agido deliberadamente para tirar jogadores palmeirenses do duelo contra o Flamengo.

Felipão e Mattos foram enquadrados apenas no artigo 258, que trata sobre “conduta contrária à disciplina ou à ética desportiva”. O técnico não poderá comandar o time contra o Fluminense, enquanto Mattos está proibido de assinar documentos e frequentar o vestiário palmeirense durante o período de suspensão.

“Eu nem sei quem é o árbitro. Quando falei que ele tinha uma ‘lista pronta’, isso é mais que normal. Assim como todos os clubes, os juízes também entram em campo sabendo os jogadores que estão pendurados”, disse Scolari durante a sua defesa.

Expulso diante do Ceará, Deyverson também esteve na sessão. Enquadrado no artigo 254 (jogada violenta), o camisa 16 foi punido com dois jogos. Como já cumpriu suspensão automática no jogo da rodada seguinte contra o Flamengo, ele tem mais um para cumprir. Todas as decisões são passíveis de recurso.

“Deyverson é mais visado, se tornou uma pessoa diferente no futebol. Algumas atitudes dão a a ele uma visibilidade diferente do normal. É um bom rapaz, erra, mas vai aprender aos poucos”, disse o treinador alviverde.

LISCA PUNIDO

Por problemas referentes ao mesmo jogo, o técnico Lisca, do Ceará também foi julgado. Denunciado no artigo 243-F (ofensa à honra), o treinador foi apenado também com um jogo.

Nesta mesma partida, Lisca teria dito ao árbitro que “estava tudo armado”. No STJD, o técnico alvinegro disse que a afirmação feita na súmula era “mentirosa”. Exaltado, ele reclamou da ausência de Castro no julgamento. A defesa do árbitro goiano informou que ele se encontra fora do Brasil.