A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) articula a importação de 2 milhões de doses prontas da vacina desenvolvida pela Universidade de Oxford e a farmacêutica AstraZeneca para começar o calendário de imunização contra a covid-19 neste mês. A instituição já informou à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) que pedirá nesta semana o aval para uso emergencial do produto.

Em ofício de 31 de dezembro, a Fiocruz pede que a Anvisa libere a importação excepcional dessas doses. A informação foi divulgada pela revista Veja e confirmada pelo Estadão. Importações deste tipo costumam ser avaliadas em reunião da diretoria colegiada da agência, que é formada por cinco membros.

A ideia da Fiocruz era só entregar vacinas prontas em fevereiro. No mês anterior, chegaria ao Brasil o insumo farmacêutico da vacina, que terá fases finais de produção feitas na Fiocruz. A instituição disse à Anvisa, porém, que busca formas de antecipar a entrega do produto finalizado, “considerando o grave quadro sanitário” e a “aceleração dos números de mortes”. Por isso, a estratégia passou a ser trazer algumas doses totalmente preparadas no exterior.

O Reino Unido autorizou em 30 de dezembro o uso emergencial da vacina de Oxford/AstraZeneca contra o novo coronavírus, em regime de aplicação de duas doses completas, com intervalo de um a três meses. Nos ofícios enviados à Anvisa, a Fiocruz não informa quantas pessoas pretende imunizar a partir dessas 2 milhões de doses, nem a data prevista para o início da campanha.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.