RIO DE JANEIRO, RJ (UOL/FOLHAPRESS) – Flamengo e Ministério Público assinaram nesta terça-feira (21) um TAC (Termo de Ajustamento de Conduta) para a liberação total do CT Ninho do Urubu. O documento será homologado com condições mínimas de segurança, saúde, alimentação e educação para os atletas das categorias de base. É o último passo para o funcionamento do local após o incêndio que matou dez meninos e feriu outros três no dia 8 de fevereiro.


O vice-presidente geral Rodrigo Dunshee de Abranches foi o responsável por assinar o documento. Nele, o clube se comprometeu a cumprir todas as exigências estipuladas pelo MP. A partir de agora, inclusive, o Ninho do Urubu terá dois monitores no período noturno e um durante o dia.


Atualmente, as categorias de base já treinam no CT, justamente no antigo módulo destinado aos profissionais. No entanto, os meninos não podem se hospedar e tampouco as refeições são preparadas na cozinha. O clube tem adquirido alimentação pronta para os meninos.


Com a assinatura do TAC, as categorias de base poderão se hospedar e as refeições voltarão a ser preparadas no local. Desta forma, o Ninho do Urubu funcionará como foi idealizado antes da tragédia.


O efeito vale também para o elenco profissional, que voltará a se concentrar no centro de treinamento antes dos jogos.


INDENIZAÇÕES


Enquanto resolve a questão do CT, o Flamengo segue em busca de solucionar as indenizações com as famílias das vítimas. Alguns acordos, no entanto, estão parados nas negociações.


A última indenização fechada foi com Jhonata Ventura, ferido mais grave do incêndio. Caso não possa voltar ao futebol, o menino será contratado como funcionário do clube.


Foram acertados até o momento acordos com os familiares de Athila, Gedinho e Rykelmo (pai). A mãe, orientada pela advogada Gislaine Nunes, pretende entrar na Justiça.


Existe a expectativa de que novos acertos sejam anunciados, ainda que boa parte das conversas esteja travada.