Franklin de Freitas

O vice-prefeito de Curitiba, Eduardo Pimentel, pediu desfiliação do PSDB. A informação foi divulgada ontem pelo presidente do partido na Capital, Edson Lau Filho. Segundo ele, a legenda agora vai trabalhar para lançar um candidato próprio à prefeitura curitibana, seguindo a orientação da direção nacional. Questionado na semana passada sobre a então provável saída de Pimentel da legenda, o presidente da Assembleia, deputado Ademar Traiano, disse que caso ela se confirmasse, restaria à sigla lançar outro nome. “Quem será eu não sei dizer”, admitiu Traiano.

Tabelinha
A saída de Pimentel do ninho tucano já era esperada desde que circulou a informação de que ele poderia migrar para o PSD do governador Ratinho Júnior. A articulação teria a intenção de levar o PSD a apoiar a reeleição do prefeito Rafael Greca (DEM), em prejuízo da candidatura do secretário de Estado da Justiça, Família e Trabalho, Ney Leprevost. Na semana passada, porém, o PSD curitibano vetou a entrada do vice de Greca na legenda. Caso pretenda disputar a eleição de outubro, Pimentel tem até o próximo dia 4 para decidir qual será o seu novo partido.

Impacto
O coronavírus já começa a afetar o calendário político das eleições municipais deste ano. O PSD anunciou o adiamento, por tempo indeterminado, do lançamento da pré-candidatura de Leprevost à prefeitura, em razão do agravamento da crise sanitária. Diante da situação, os partidos terão que reavaliar ou suspender atividades que possam promover aglomerações.

Janela
O primeiro vereador de Curitiba a anunciar oficialmente mudança de legenda dentro da “janela partidária foi Ezequias Barros. Ele, que já havia trocado o PRB pelo qual se elegeu pelo Patriota, agora está indo para o PMB. O prazo para mudança de partido sem o risco de perda de mandato vai até 3 de abril, 6 meses antes do pleito eleitoral, que terá o 1º turno em 4 de outubro.

Seguro-desemprego
Ex-ministro da Saúde, o deputado federal paranaense Ricardo Barros (PP) sugeriu ao governo gederal que as empresas tenham a possibilidade de suspender os contratos de trabalho enquanto durar a pandemia do coronavírus. Em contrapartida, o governo adiantaria o seguro-desemprego do trabalhador. Para ele a medida evitaria desemprego em massa. “O governo suspende o contrato e adianta o seguro-desemprego. Suspenso o contrato, não há demissão. Não havendo demissão, o governo paga o seguro-desemprego. Quando voltar à normalidade, o funcionário volta ao trabalho”, defendeu ele em entrevista ao site Congresso em Foco.

Custo
“Se não houver isso, vai haver demissão em massa. O seguro-desemprego o governo terá de pagar agora ou depois mesmo”, lembrou Barros. Segundo ele, o impacto do seguro-desemprego já está previsto no Orçamento Federal. De acordo com o parlamentar, o valor ficaria entre R$ 15 bilhões e R$ 20 bilhões.

Nomeado
O governador Ratinho Júnior confirmou a nomeação de Gilberto Giacoia para o cargo de procurador-geral de Justiça do Ministério Público do ParanáGiacoia foi o candidato com maior número de votos (595) na eleição realizada no último dia 13. Com a nomeação, Giacoia assume pela quarta vez o cargo de procurador-geral de Justiça. Ele exerceu mandatos de 1998 a 2000 e de 2012 a 2016, consecutivamente. A cerimônia de posse está prevista para a primeira quinzena de abril.